Campus e Comunidade

Dia dos Delegados recorda a importância da função e relembra os valores do Técnico

Os delegados representam os estudantes e dão-lhes apoio no seguimento das situações que lhes são reportadas. Reforçar a sua missão e valores, foram alguns dos assuntos em debate neste dia.

No passado sábado, dia 21 de maio, realizou-se mais uma edição do Dia dos Delegados, para recordar a importância da função e relembrar os valores do Técnico. O dia incluiu uma sessão com elevada participação por parte dos cerca de 30 delegados que encheram grande parte do auditório. A professora Raquel Aires Barros, Provedora do Ensino, fez uma intervenção para explicar o papel da provedoria e, mais tarde, de Isabel Gonçalves, Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento Académico (NDA) falou também com os delegados sobre o tema do assédio, assunto escolhido para debater na sessão desse dia. Seguiu-se o período do almoço e um momento de convívio e networking. À tarde, houve ainda espaço para a realização de diversas atividades de team building com os delegados.

Mas como decorre o processo de eleição de um delegado de curso?

No início do primeiro período letivo ocorre o período de eleições para a figura do delegado, que é um representante dos estudantes. Pode ser autoproposto, ou ser proposto pelos colegas de turma. É eleito um delegado por cada ano e em cada curso. Mais tarde, dos delegados eleitos anteriormente, é escolhido um delegado de curso.

Os estudantes são informados do processo desde o início, através de um e-mail que lhes indica todas as informações úteis sobre o processo de candidaturas. Os estudantes são ainda informados de forma detalhada sobre a forma como podem exercer o seu voto, no formulário para o efeito.

Quais as suas funções? O delegado tem formação para exercer as suas funções?

O papel de um delegado tem uma missão específica: contribuir para a qualidade ao nível pedagógico e promover o cumprimento dos valores do Técnico enquanto Escola. Destaca-se, por isso, o seu papel importante na resolução de problemas, gestão de conflitos e na capacidade de recolher as opiniões dos seus colegas e transmiti-las aos órgãos da escola, principalmente o Conselho Pedagógico.

Mas este não se trata de um mero processo decorrente dos resultados de uma eleição. Ricardo Lameirinhas e Leonor Matos garantem que os delegados têm ações de formação específicas obrigatórias: Uma formação na área de soft skills, outra na área de hard skills e mais duas na categoria de essential skills. A oferta formativa é ampla e cada delegado pode ampliar as suas competências se assim o desejar, escolhendo os cursos que querem fazer, mediante a oferta disponível, que vai desde a formação introdutória à ética, passando pela comunicação, o funcionamento do Técnico, sessão de partilha e outros conteúdos de cariz mais administrativo.

Qual é o nível de intervenção de um delegado e quais os canais disponíveis para os estudantes?

“O delegado é como um filtro”, refere Ricardo Lameirinhas. Ao delegado cabe prestar o auxílio e fornecer as informações necessárias com vista à resolução de um problema. “Os delegados estão cá para apoiar os estudantes no que for preciso. Às vezes parece que há uma barreira, mas não há barreira nenhuma”, acrescenta Ricardo Lameirinhas. “Nós somos acessíveis e qualquer coisa dizemos a que porta têm de ir bater”, remata Leonor Matos. Qualquer estudante que sinta a necessidade de falar com alguém na tentativa de resolver alguma questão, pode fazê-lo através de um delegado, pode reportar ao coordenador do curso, ou ainda escrever diretamente para o Conselho Pedagógico.

Já a função do provedor é “garantir a satisfação com a experiência académica, baseada na segurança, tolerância e confiança mútua, com vista às melhores condições de trabalho colaborativo na comunidade educativa e sucesso individual e institucional” conforme explicou a professora Raquel Aires Barros. Assim, a Provedoria está ao dispor dos estudantes no caso de situações como assédio, ou incivilidade, por exemplo. “Pode ser uma queixa de um docente contra um estudante. Pode ser uma queixa de um estudante contra outro estudante. Pode ser uma queixa de um estudante contra o docente”, para a qual o provedor emite um parecer justificado, do qual poderá resultar uma ação. O provedor é elemento isento, que age como mediador para promover a conciliação, tendo em conta a carta dos direitos e garantias e o código de conduta e boas práticas da Universidade de Lisboa.