Vasco Alpalhão, alumnus do Técnico e Customer Operations Manager da Ericsson.

A sensação de que faz parte da geração que ajudou a desenvolver uma grande fração da realidade de hoje orgulha o engenheiro Vasco Alpalhão. Ele que cresceu na época “em que realmente começaram a aparecer os grandes desenvolvimentos a nível de eletrónica”, facto que acabou por espicaçar o seu gosto pela área. A veia de engenheiro já se prenunciava desde cedo, quando a curiosidade o levava a desmontar qualquer que fosse o artefacto eletrónico que lhe chegava às mãos.   Tudo isto acabou por o guiar até à Engenharia Eletrotécnica e de Computadores do Técnico.

Em 1988, quando concorreu ao ensino superior, não estava tudo à distância de um “clique”. A informação era escassa, mas a que lhe chegava acerca do Técnico era a melhor: “o Técnico surgiu como sendo a escola de Engenharia mais conhecida e mais cotada”, conta o alumnus.  Dos tempos de aluno, só tem “pena de não ter explorado mais do que o Técnico tinha para dar”, confessa o atual Customer Operations Manager da Ericsson.   Ainda assim são muitas e boas as recordações que guarda, nomeadamente o “entusiasmo” de alguns professores ao abordar “matérias algumas vezes amorfas”. Um entusiasmo em muito semelhante ao que o invadiu “nos primeiros contactos com a computação e primeiros processadores a sério”, relembra. “Foi no Técnico que efetivamente evoluí tecnicamente e também a nível pessoal”, vinca o alumnus.

Apostou todas as cartas nas telecomunicações, área para a qual o seu interesse sempre pendeu mais, e na qual iniciou “ a sério” a sua atividade profissional, ingressando na EDP – REN. O serviço militar obrigatório levou-o a interromper esta aventura por seis meses. Curiosamente uma fase que também acabou por partilhar com vários colegas do Técnico.

Em 1995 ingressa na Ericsson, “fazendo parte da equipa que participou no boom das operadoras celulares”, narra Vasco Alpalhão. “Têm sido um percurso fascinante”, realça o alumnus do Técnico, que desfrutou de todas as oportunidades que lhe foram sendo dadas. “Tive oportunidade de trilhar o caminho total, desde a implementação da rede no terreno, manutenção das redes, e serviços de emergência”, pormenoriza o engenheiro.  Quando surgiu a oportunidade da gestão não disse que não e deu o passo, experienciando a administração de equipas, de projetos, de serviços e finalmente de clientes, onde se encontra neste momento.

Acerca da engenharia, e da sua importância ao longo de todo este percurso, define-a como uma “pedra basilar”, que lhe deu oportunidade de fazer parte da tal geração que influenciou o nosso presente. E por isso não hesita em afirmar que apesar da incerteza que reveste o futuro “escolher o Técnico é ter a oportunidade de influenciar esse futuro, estar na linha da frente”, frisa.