Um plano para a piscina do campus Alameda, uma aposta no campus Taguspark, um reforço da presença na política educativa e uma revisão estatutária – estas são as principais bandeiras do mandato da presidência da Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST) que agora começa, liderado por António Jarmela.
O aluno frequentou a Licenciatura em Engenharia Mecânica (que concluiu com média de 17), está no 2.º ano do Mestrado em Engenharia Aeroespacial e tomou posse a 13 de novembro de 2024. Numa primeira entrevista, partilha os objetivos pelos quais se irá pautar no decurso do mandato e a sua visão para o futuro da Associação.
Colaborador da AEIST desde o seu primeiro ano de curso, teve, no seu segundo ano, a oportunidade de pertencer à Direção Geral da Federação Académica de Lisboa, algo que “alterou bastante a [sua] perceção sobre o associativismo” e que o fez “dedicar-lhe cada vez mais tempo”.
“Para muitos dos que cá estão, a AEIST é uma segunda casa”, descreve António Jarmela, que vê a associação “numa rota claramente crescente”. A candidatura à presidência do órgão surge “por considerar que [tem] algo a dar a esta instituição” – o estudante quer primar por um rumo de “transparência”, “participação” e “influência”.
A que pontos se irá dedicar a atividade da AEIST no futuro, então? “A comunidade do Técnico [está] em constante ebulição”, afirma António Jarmela, motivo pelo qual coloca ênfase nos métodos de ensino, nos modelos de aprendizagem e nos espaços e infraestruturas. Quanto a estes últimos, “atualmente o foco são os espaços de estudo e de reuniões”. O estudante elenca ainda “um plano para a piscina” do campus Alameda, pretendendo apresentar “uma visão para a reabilitação daquele espaço”.
Ainda relativamente à infraestrutura, o novo presidente da AEIST fala “[n]uma aposta no Taguspark”, referindo a modernização deste campus como uma das bandeiras deste mandato. “Aliado a isso”, acrescenta, “procuramos intensificar a nossa presença e atividade promovendo uma ligação mais forte com estes estudantes”.
No horizonte, vê “uma revisão estatutária” para a Associação, tema de “há diversos anos” e uma das promessas eleitorais que fez. Paralelamente, o estudante pretende uma aposta mais forte da AEIST na política educativa, com o lançamento da ‘Moção Global’, “um livro com as posições da AEIST sobre todas as temáticas no espetro de ação de políticas do Técnico e da Universidade de Lisboa, de forma a ter um papel interventivo na academia”.
Face a uma abstenção superior a 90% nas últimas eleições para os órgãos da AEIST, António Jarmela deixa um apelo à comunidade académica. “Os métodos de ensino, o regime de aulas, o regulamento de avaliação, o preço da refeição social, o preço das propinas e tudo o que existe na nossa Escola e Universidade é deliberado por órgãos eletivos”, recordou. Nesse sentido, considera que a “desconexão da comunidade estudantil com estes órgãos é algo que deve ser seriamente combatido”.
A revisão estatutária que propõe poderá, na sua opinião, fazer “aumentar a participação dos estudantes, visto que um dos maiores entraves atualmente é a data em que ocorrem as eleições”. “Mais importante que isso”, prossegue, “é ligar a comunidade à AEIST e esse é um caminho que também está a ser feito – este poderá ser o ano em que mais Secções Autónomas vão ser formadas” algo que “contribuirá para a participação democrática da AEIST” na vida estudantil.