O Técnico Innovation Center (TIC) foi, na tarde de 23 de outubro, ocupado por unicórnios e pela sua Fábrica, para o Entrepreneurship Awards 2025, uma das mais importantes competições nacionais na área do empreendedorismo.
A representar a comunidade empreendedora do Instituto Superior Técnico estiveram ideias já saídas do papel, protótipos em teste e produtos prestes a entrar no mercado.
A Lampsy Health, membro da comunidade IST Spin-Off, venceu nesta competição o prémio de “Most Promising Startup Award”, estando a 6 meses de colocar no mercado um candeeiro que permite a deteção automática de crises epilépticas. O dispositivo de uso doméstico que permite também o envio de alertas em tempo real para cuidadores e cuidados de emergência está, na atualidade, a ser testado em várias unidades hospitalares públicas da Área Metropolitana de Lisboa. A startup nascida no universo do Instituto Superior Técnico foi antes num primeiro momento apresentada no Lab2Market 2024.
O evento entregou prémios a projetos empreendedores, mas também reuniu várias estruturas ligadas ao Técnico que se apresentaram à comunidade.
Além dos filetes de robalo cultivados em laboratório, o grupo de investigação do Instituto de Bioengenharia e Biociências (iBB), liderado por Frederico Ferreira, que também já produziu bife de vaca, calamares e camarão a partir de biomassa – um conjunto enorme de células – de animal, continua a trabalhar na bioimpressão alimentar. A PRINT’N’EAT está agora à procura de investidores para passar de projeto de investigação a empresa.
Com oito patentes já concedidas, a GTechPlasma é uma startup dedicada à produção de derivados de grafeno de qualidade elevada a partir de plasma, com aplicação na extração de terras raras, absorção de hidrogénio à temperatura ambiente e blindagem eletromagnética, como explicaram Ana Amaral Dias e Bruno Soares Gonçalves, respetivamente CEO e CBO da empresa e investigadores do Instituto Superior Técnico, durante o evento.
Da empresa júnior do Técnico, Junitec, que todos os anos lança para o mercado três startups, surgiu a Huddle. O software homónimo direcionado para clubes desportivos está, nesta época, a ser testado por quatro clubes. A ideia passa por facilitar o dia-a-dia de treinadores e direções, principalmente nos escalões de formação. Através do Huddle é possível comunicar com pais e encarregados de educação, partilhar convocatórias para as competições ou guardar o histórico de pagamentos, por exemplo. Os sócios da Huddle, Ana Rita Rodrigues, Tiago Romão e Miguel Faustino, são estudantes do Técnico e conciliam o curso com a atividade empresarial.
Também interessados em estabelecer contatos e parcerias com os participantes estavam os núcleos de estudantes presentes: ISTrain, PSEM e AEROTÉC. Se o primeiro se prepara para começar a limpar aquela que será a sua oficina, os restantes trabalham na construção de um carro movido a energia solar que aproveitará a carroçaria do modelo anterior e no desenvolvimento de um drone autónomo (ATLAS Systems & Aeronautics) e para enviar, através de uma empresa parceira, protótipos para o estrangeiro (ACEPilot).
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