Ciência e Tecnologia

Professor do Técnico recebe Prémio Inovação Jovem Engenheiro 2016

O projeto que o conduziu à vitória deu origem a uma ponte pedonal, extremamente fina, a primeira que existe em betão auto-compactável reforçado com fibras.

O professor auxiliar convidado do Departamento de Engenharia Civil do Técnico e investigador do CERIS, José Gonilha, foi o vencedor, deste ano, do Prémio Inovação Jovem Engenheiro, através do inovador projeto que integrou: “Ponte de São Silvestre: a primeira ponte mista GFRP-Betão em Portugal”. Segundo o galardoado, “para além do carácter de inovação científica, este projeto distingue-se pela sua aplicação prática, em particular pelo facto de o protótipo desenvolvido se encontrar ao serviço da população”, destaca o professor José Gonilha.

A ponte possui uma estrutura imune a fenómenos de corrosão, com apenas três toneladas e com 11 metros de comprimento e dois de largura, e está instalada no Parque da Senhora da Graça, em Ovar, permitindo uma nova travessia sobre o rio Cáster. O trabalho fez parte da tese de doutoramento do professor José Gonilha e do projeto PONTALUMIS, desenvolvido em co-promoção entre o Instituto Superior Técnico, a Universidade do Minho e a empresa Alto, Perfis Pultrudidos S.A.

Depois de construído o protótipo à escala real de ponte pedonal com esta estrutura mista inovadora em GFRP-betão, foi avaliado experimentalmente o comportamento estático, dinâmico e em fluência do mesmo, desenvolvendo-se “uma solução inovadora com reduzido peso próprio para a qual se preveem reduzidas necessidades de manutenção”, explica o professor do Técnico.

A importância desta distinção, atribuída pela Região Sul da Ordem dos Engenheiros, é salientada pelo investigador não só pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido, mas também por se assumir como forma de divulgação do trabalho de inovação que se faz em Portugal: “estou muito agradecido pela distinção que foi feita a este projeto que não reflete apenas o meu trabalho, mas também o trabalho de toda a equipa de investigação do projeto, do CORE Group e do CERIS”, frisa.