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Lab2Market@Técnico ajuda a potenciar o valor de mais cinco projetos

O evento de encerramento do programa permitiu aos projetos que participaram mostrar as suas ideias, mas essencialmente demonstrar como as mesmas evoluíram ao longo e através desta experiência.

Ideias disruptivas desenvolvidas por equipas altamente competentes e ávidas por inovar encontram no Lab2Market@Técnico – o programa de aceleração de inovação organizado pelo Técnico com o apoio da i-deals e da everis Portugal- a dose certa de apoio e estímulo para a entrada no mercado.  Ao longo de vários meses, os grupos de trabalho selecionados têm acesso a um total de 250 horas de consultoria, onde aprimoram estratégias, planos de negócio e de ação. Depois de mais uma edição repleta de êxito, foi altura de tornar ainda mais evidente o sucesso desta receita na sessão de encerramento que decorreu esta quinta-feira, 4 de junho, através da plataforma Zoom.

Mais do que o fecho do capítulo e o derradeiro momento de apresentação dos resultados alcançados, este “Final Pitch” assumiu-se como um momento de partilha dos desenvolvimentos mais recentes dos projetos, das metas de ação e de mercado que foram sendo delimitadas. Nesta edição integraram o Lab2Market@Técnico os projetos: “Twinore”, “Cathpro”, “DETU”, “ASPIR” e “Science for Culture Heritage (SHC)”. Com backgrounds distintos, os cinco projetos têm por base tecnologias e ideias com muito valor e que resolvem problemas extremamente atuais de forma inovadora.

A equipa do “Twionore” desenvolveu células estaminais pluripotentes que são capazes de reduzir os custos dos transplantes e aumentar a taxa de sucesso dos mesmos. Por sua vez, o projeto “Cathpro” propõe uma tecnologia para a produção de Bio-H₂ para ajudar as indústrias a reduzir a sua pegada de carbono, utilizando uma fonte renovável (biomassa) como matéria-prima. Um degrau elevatório automático que ajuda qualquer organização pública e privada que procure aumentar os meios de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida é a ideia em que assenta o DETU. Por detrás do projeto ASPIR está uma plataforma de triagem eficiente, projetada para a descoberta rápida e económica de antibióticos. Por fim, a equipa do projeto SHC desenvolveu uma microssonda nuclear e um conjunto de RTI para ajudar a identificar peças de arte, auxiliando na deteção de objetos fraudulentos.

Através das completas apresentações, os porta-vozes dos projetos expuseram não só a essência das suas ideias e a inovação que as define, mas também a inspiração e o alinhar de direções que advieram de todo o processo, destacando as lições aprendidas, afirmando o valor de mercado das suas ideias e desvendando os planos de futuro que inevitavelmente traçaram e pretendem concretizar. “Aprendemos que precisamos de pensar em receitas e custos, e que podemos atualizar os produtos tendo em conta os contornos do pedido”, frisava Victoria Corregidor, porta-voz do projeto SCH.

O painel de jurados composto por Stephan Morais (Indico Capital Partners), José Guerreiro de Sousa (Armilar Venture Partners), João Ventura Fernandes (Hovione Capital) e David Braga Malta ( Vesalius Biocapital), teve um papel crucial na sessão. Além de elogiarem a criatividade e o trabalho subjacentes aos projetos, lançaram conselhos importantes para o caminho que se segue e lembraram detalhes que não podem ser descurados na abordagem a possíveis investidores.

No final, uma votação sobre as mais-valias da participação neste programa de aceleração tornaria ainda mais claro aquilo que foi sendo frisado ao longo das apresentações. A maioria das equipas evidenciou que o programa  as ajudou a transmitir a proposta de valor e a vantagem competitiva de uma forma mais clara, e também a melhor compreender as principais necessidades do mercado e a trabalhar nelas futuramente.