O átrio do campusde Oeiras do Instituto Superior Técnico acolheu, a 16 de junho, a 18.ª edição da Montra de Jogos (MOJO 2025), um evento anual organizado pelo Laboratório de Jogos que dá a conhecer os projetos concretizados ao longo do último período por estudantes da área de desenvolvimento de jogos.
Na edição deste ano, a MOJO apresentou 17 projetos criados por grupos de estudantes no âmbito da unidade curricular de Metodologia de Desenvolvimento de Jogos, integrada no Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores. Para além da vertente de mostra pública, os jogos foram também avaliados pelos docentes da unidade curricular.
A edição de 2025 foi a mais participada dos últimos anos, contando com a presença de cerca de 70 estudantes, distribuídos por 17 grupos. Foram também apresentados oito projetos de convidados externos – membros do núcleo de estudantes do Técnico GameDev Técnico, estudantes de doutoramento do Técnico a fazer investigação no Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores: Investigação e Desenvolvimento em Lisboa (INESC-ID), bem como antigos estudantes que aproveitaram a MOJO para divulgar projetos pessoais ou de investigação.
Segundo Vasco Rodrigues e Tiago Camarinhas, coordenadores da edição deste ano, a MOJO tem vindo a consolidar-se como uma ponte entre o meio académico e a indústria. Esta aproximação permite “que os alunos mostrem os seus projetos a pessoas de fora, recebam feedback e conheçam melhor o setor”, destaca Vasco Rodrigues.
A edição de 2025 contou com a presença de representantes da Miniclip e da Associação Portuguesa de Videojogos (APVP), que participaram no evento para experimentar os jogos e dar feedback direto aos estudantes.
Maria Gomes, alumna do Técnico e atual membro do GameDev Técnico, partilhou a importância de iniciativas como esta para quem está a iniciar uma carreira na área “Como desenvolvedores independentes, é essencial testarmos os nossos jogos com o público. Não temos sempre acesso a grandes eventos internacionais, por isso, esta montra é uma excelente oportunidade para obter feedback e divulgar os nossos projetos”, explica.
Além de jogos prontos a jogar, alguns projetos focaram-se no desenvolvimento de motores de jogo, como no caso do projeto CUBOS, revelando a diversidade temática da mostra.
Para Rui Prada, professor do Técnico responsável pela unidade curricular de Metodologia de Desenvolvimento de Jogos, a MOJO é uma etapa fundamental na aprendizagem dos estudantes.“É essencial que os alunos testem os seus jogos com o público, que validem as suas ideias e percebam o que realmente funciona. O empenho e a diversidade dos projetos apresentados mostram que este objetivo tem sido cumprido com sucesso, podem ter orgulho em tudo o que fizeram”, conclui.