Vinte e oito horas sem parar, em pleno fim de semana, em volta de um projeto criativo idealizado e concretizado pelos participantes, foi este o conceito do Tecstorm, que entre 4 e 5 de março, pôs o Técnico em movimento. O concurso foi lançado pela JUNITEC – Júnior Empresas do Instituto Superior Técnico, um dos núcleos de estudantes do Técnico, e vinte e oito estudantes do ensino superior aceitaram o desafio.
As ideias mais inovadoras, previamente selecionadas por entre um leque de candidaturas, foram fisicamente desenvolvidas durante os dois dias da competição, e refletiram-se na apresentação de um protótipo físico a um júri, que além de o escrutinar e avaliar, orientou o caminho que lhe deve seguir.
A contagem do tempo, bem presente na parede central do átrio do Pavilhão de Engenharia Civil, não deixava ninguém indiferente. Qualquer minuto era indispensável para ajustar ou melhorar qualquer detalhe do protótipo ou do “pitch”, que sintetizaria e venderia ao júri as ideias das sete equipas.
Os projetos iam desde uma estufa inteligente, um sistema de controlo inteligente capaz de desligar os equipamentos domésticos depois do utilizador adormecer, ou até um suporte universal de copos que permitia a qualquer jovem transportar um conjunto de bebidas de uma só vez. “As ideias não podiam ser mais originais e diversas”, referia Ana Rita Oliveira, Vice-Presidente da JUNITEC e responsável pelo evento.
A equipa da JUNITEC ia auxiliando com dicas técnicas e rasgos de incentivo os participantes. “Acho que o balanço é muito positivo. Esforçamo-nos para os acompanhar em tudo e acho que o esforço compensou. O resultado é muito bom e reflete-se nos projetos que foram apresentados e no futuro que podem vir a ter, mas também na satisfação dos participantes”, resume Ana Rita Oliveira.
No final, imperava um sentido de dever cumprido, e “ fosse quem fosse o vencedor, o importante é ter conseguido realizar e entregar os projetos”, confessava um dos participantes. A equipa vencedora, os “IFS Mine Hunters” do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), desenvolveu um sistema todo o terreno que visa, de forma económica, identificar e combater minas terrestres. Além do prémio levaram para casa um conjunto de planos para o seu projeto, um protótipo quase pronto a ir para o mercado, e a experiência de participar numa maratona de engenharia. “É para repetir”, assegura Ana Rita Oliveira.