A professora Inês Lynce, docente do Departamento de Engenharia Informática do Técnico (DEI) do Técnico e presidente do INESC-ID é a nova codiretora do Programa CMU Portugal. A docente foi nomeada esta quarta-feira, 27 de janeiro, pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). A professora Inês Lynce é a primeira mulher a assumir o cargo e partilhará a liderança do programa com o também docente do DEI e presidente do Interactive Technologies Institute (ITI), professor Nuno Nunes.
Em conjunto, os dois docentes do Técnico assumem até 2023 a direção da parceria internacional estabelecida entre a FCT e a Universidade norte americana de Carnegie Mellon.
A professora Inês Lynce salienta que assume este cargo com “grande prazer e alguma expectativa”. “Já estou ligada ao Programa CMU Portugal há vários anos como investigadora, já tendo pertencido à equipa de vários projetos apoiados no âmbito do Programa”, refere, em seguida. Agora o desafio é diferente, e tal como sublinha a docente do Técnico “o envolvimento será outro e passará certamente por ajudar a parceria a alcançar os seus objetivos estratégicos até 2023”. “Em termos pessoais sinto-me honrada por assumir este cargo e juntar-me a uma equipa tão prestigiada e dinâmica com resultados notáveis alcançados nos últimos anos”, acrescenta.
A docente do Técnico acumulará este cargo com a presidência do INESC- ID que assumiu no ano passado.
Licenciada em Engenharia Informática e de Computadores pelo Técnico, Inês Lynce tem uma carreira de sucesso na docência e na investigação onde é reconhecida pelo seu trabalho na área da inteligência artificial, nomeadamente no campo da resolução de problemas com restrições e otimização. As suas principais contribuições centram-se no desenvolvimento de algoritmos e ferramentas computacionais e à aplicação das mesmas para resolver problemas práticos tão diversos como a realização de horários nas universidades, a atualização de pacotes de software, o funcionamento de redes biológicas e a geração automática de código de programação a partir de exemplos.
A docente do Técnico compõe frequentemente comités das conferências internacionais de Inteligência Artificial, e este ano passa a fazer parte do Conselho Editorial da prestigiada revista científica Artificial Intelligence Journal. Integra os quadros do Técnico há 16 anos, e é recorrentemente reconhecida como docente excelente pela capacidade pedagógica demonstrada.
Em 15 anos de atividade, o CMU Portugal envolveu 11 departamentos da Universidade Carnegie Mellon, mobilizou mais de 900 estudantes, 400 investigadores e docentes dos dois lados do Atlântico, quase 150 empresas parceiras, apoiou 74 projetos colaborativos de investigação, atraiu dezenas de milhões de euros de cofinanciamento privado, acelerou os projetos de 17 equipas empreendedoras portuguesas nos Estados Unidos, e impulsionou a criação de 12 startups, que já atraíram quase cem milhões de dólares de investimento de capital de risco, na sua maioria internacional.