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Técnico Innovation Summit reúne 21 projetos PRR com participação do Técnico

Durante o PhD Open Days investigadores e empresas estiveram presentes no Técnico Innovation Center para mostrar o que estão a desenvolver nos consórcios que integram.

Nos dias 4 e 5 de novembro, o Técnico Innovation Center acolheu, para além da 10.ª edição do PhD Open Days, a primeira edição do Técnico Innovation Summit em que estiveram representados 21 projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com participação do Instituto Superior Técnico. Na apresentação do evento, Rogério Colaço, presidente do Técnico, recordou os desígnios com que a Escola foi fundada – “preparar profissionais para o desenvolvimento da Economia” e do país -, referindo que “o conceito do Técnico Innovation Summit bebe desta ideia com mais de 100 anos. Colocar “pessoas que vêm da academia em contato direto com parceiros para desenvolver o país continua a ser o propósito do Técnico”, defendeu.

Com recurso a totens, amostras, catalisadores e até um cão robot, investigadores do Técnico e das Unidades de Investigação associadas respondiam às perguntas dos curiosos sobre os projetos em que trabalham.

O projeto VIIA Food está já a testar um polímero para garrafas de óleo e azeite alimentares, através de matérias primas de origem natural, que seja biodegradável, como explicaram Mónica Loureiro e Tânia Frade. Já o projeto New Space quer fazer crescer o setor aeroespacial com a constelação atlântica – conjunto de satélites para observar a Terra – em que investigadores do Técnico estão a desenvolver uma ferramenta de design de veículos (lançadores), como contou Iara Figueiras.

Descarbonizar o setor da cristalaria, vidro e cerâmica é o objetivo da Agenda Ecocerâmica e Cristal Portugal, ao tentar substituir o gás natural por hidrogénio, nesta indústria. Para isso, fazem-se, no Técnico, experiências em fornos que replicam os utilizados em fábricas e análise de chama, refere Débora Almeida.

Com o projeto Be Neutral pretende criar-se novas ferramentas para a mobilidade neutra em carbono. Ricardo Gomes, investigador da Escola, desenha modelos de consumo de energia, que permitem por exemplo estabelecer quantos e onde devem instalar-se postos de carregamento de veículos elétricos.

Duarte Moço, a fazer pós-doutoramento no Técnico, dedica-se a extrair de baterias antigas substâncias que podem ser reutilizadas como o lítio e o níquel, podendo o primeiro ser usado em novas baterias e o segundo em pás para a eletrólise da água (permite a separação em hidrogénio e oxigénio).

Também da reutilização nascem os pellets de Dora Sousa. As lamas (resíduos de corte) das pedreiras originam novos produtos como filamentos para impressoras 3D, revestimentos de fachadas e postes de eletricidade. Na mesma agenda, o Rocky – cão robot – de Gustavo Paneiro facilita a gestão de stocks das pedreiras diminuindo o desperdício e, com recurso a um drone, é possível captar imagens in loco e a partir destas prever o que está por trás da superfície da pedra.

No Pacto da Biotecnologia Azul, projeto que inclui 83 parceiros e em que o Técnico participa em quatro dos 10 workpackages, Rodrigo Costa e Tina Keller, microbiólogos, trabalham na digitalização do Biobanco Azul Português, uma rede de biobancos que permitirá aos investigadores nacionais recorrer a amostras de outras instituições, de acordo com as suas necessidades. Desta agenda que visa também a descarbonização faz também parte a criação de bioplásticos bem como a biossíntese de outros produtos aplicáveis, por exemplo, à indústria farmacêutica.

O Vice-Presidente para a Interface Empresarial, Inovação e Empreendedorismo, Pedro Amaral, considerou esta mostra um “exemplo de colaboração” e lembrou que desta interação entre investigadores e empresas surge a inovação que permitirá alcançar o objetivo final: criar “valor acrescentado”. 

Estiveram no primeiro Técnico Innovation Summit 21 das 23 Agendas em que o Técnico participa:

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