Aprender uma língua virtual, salvar vidas numa aldeia medieval exposta a uma terrível praga ou descobrir como sair de um quarto de hotel trancado depois de uma noite de ressaca, são apenas alguns dos ingredientes dos jogos desenvolvidos por alunos do Técnico e que esta terça-feira, 30 de maio, invadiram o Átrio Central do campus do Taguspark.
Esta décima edição do MOJO – montra de jogos – contou com cerca de 26 jogos prontos a serem testados. “Multiplayer”, em equipas, ligados à realidade virtual, mas a maior parte ainda com muito para desenvolver, como os próprios criadores iam adiantando, foram cativando ao longo do dia alunos, professores e representantes de empresas ligadas à área. Os adeptos dos videojogos, ou em alguns casos apenas curiosos com a atividade, quase nunca se ficavam por apenas uma das bancas e além de jogar davam a sua perspetiva crítica acerca do que melhorar.
Num balanço da iniciativa, o professor Rui Prada, um dos responsáveis pelo evento, realçou a adesão verificada e o “caracter bastante pedagógico” da iniciativa. “Nós queremos que eles mostrem o que criaram à audiência, e isso é uma parte muito importante do processo de criação, analisando a reação das pessoas quando jogam, perceberem como melhorar”, afirmou o professor.
E assim foi, os autores dos jogos, a maioria do Mestrado de Engenharia Informática e de Computadores, acompanhavam cada passo dado pelos jogadores, retirando notas sobre o que havia para melhorar. “Depende muito da experiência de cada jogador, mas toda a gente dá a sua opinião e retiramos sempre aspetos a melhorar”, conta Pedro Cabral, um dos alunos envolvidos na iniciativa.
Nesta edição, e para que os projetos fossem aperfeiçoados a nível visual foi feita uma parceria com alunos das Faculdades de Belas Artes “o que acaba por se notar na qualidade visual das coisas”, explica o professor Rui Prada. O entusiasmo vislumbrava-se nos cliques rápidos nos comandos de jogo. Sofia Augusto, outra das alunas envolvidas, reitera o relevo desta atividade “porque nós somos jovens e ambiciosos, e acho que isso deve ser explorado, podemos fazer coisas muito boas, e isso pode muito bem começar aqui”.