O CERN-MEDICIS é uma “spin-off” dedicada à I&D em ciências da vida e aplicações médicas, que produzirá radioisótopos médicos inovadores.
Utilizando tecnologia desenvolvida pelo laboratório de feixes de iões radioativos ISOLDE, no CERN, mediante incidência de um feixe de protões de alta energia (1.4 GeV) em alvos específicos e posterior separação “offline” num espectrómetro de massa, é possível obter isótopos inovadores com elevada atividade específica, particularmente úteis para diagnóstico e terapia do cancro.
No passado dia 13 de dezembro o CERN-MEDICIS produziu o seu primeiro batch de radioisótopos, concretamente Térbio-155, usando um alvo primário de folhas de Tântalo. O Térbio-155 é um emissor gama considerado como potencialmente interessante para diagnóstico do cancro da próstata, mas sendo um emissor de eletrões Auger também poderá ter interesse na terapia do cancro. A primeira amostra de Térbio-155 produzido pelo CERN-MEDICIS foi enviada para o grupo de Ciências Radio farmacêuticas do C2TN, onde será estudado no âmbito do projeto “MEDICIS-produced radioisotope beams for medicine” (Medicis-Promed). Este projeto corresponde a uma “Ação Marie Curie ITN” liderada pelo CERN e que integra os investigadores do C2TN, António Paulo e António Pereira Gonçalves, que orientam os estudantes de doutoramento Alice d’Onofrio e Sanjib Chowdhury, respetivamente.