O acesso no dispositivo móvel a tudo o que tem no seu computador é uma das inovações que a nova rede desenvolvida permite. “Passar a poder interagir com o mundo através a integração em rede de equipamentos e sensores”. Esta é uma das potencialidades da futura rede móvel 5G, de acordo com o professor Paulo André, coordenador do projeto “Optical 5G” que está a ser desenvolvido no Instituto de Telecomunicações.
Ter acesso a televisão de alta definição, à transferência de dados a alto ritmo e a possibilidade de comunicar com uma imensidade de dispositivos são algumas das potencialidades de novas aplicações e serviços para os utilizadores possibilitadas pelas futuras redes de comunicações móveis, designadas como 5G.
Para concretizar esta nova rede de comunicações “é necessário a implementação de uma infraestrutura de suporte baseada em fibras óticas e/ou em comunicações óticas em espaço livre, que complemente e sirva de suporte à tecnologia de rádio e que seja energeticamente mais eficiente” explica o professor de telecomunicações do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e Computadores do Técnico. Esse é objetivo do projeto “Optical 5G” que já envolveu cinco estudantes do Técnico. O desafio é colocar o máximo de informação possível num sinal ótico, recorrendo às dimensões espacial, de fase e do momento angular orbital dos fotões. O contributo do IT de Lisboa foca-se nas comunicações óticas em espaço livre, através da utilização de laser, uma técnica usualmente designada como ‘visible light communications’ (VLC).
Este trabalho, financiado pelo Instituto de Telecomunicações, decorre nos polos do Técnico e na Universidade de Aveiro. Esta investigação requer conhecimentos multidisciplinares nos tópicos de Física e Telecomunicações, permitindo a formação avançada de estudantes destas duas áreas.
