Foi esta quinta-feira, 23 de abril, oficializada a criação do consórcio que une o Instituto Superior Técnico, o Algarve Biomedical Center (ABC), a Hidrofer e a da Logoplaste para a produção industrial de zaragatoas. A assinatura do protocolo de colaboração teve lugar no Campus Tecnológico e Nuclear (CTN) do Técnico.
Além dos representantes das entidades que integram o consórcio, marcaram presença na cerimónia o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.
O presidente do Técnico, professor Rogério Colaço, frisa a importância desta parceria que “permitiu unir conhecimentos e valências complementares em Portugal, para produzir estes kits em quantidade suficiente para suprir todas as necessidades do país”. “Esperamos em breve conseguir também exportar para onde sejam necessários”, afirma, ainda, o presidente do Técnico.
Este consórcio prevê a produção de zaragatoas feitas à base de Dracon concebidas no ABC, produzidas na Hidrofer de Famalicão, esterilizadas nos laboratórios do CTN e posteriormente disponibilizadas com base num kit fabricado na empresa Logoplaste. O projeto conta também com o apoio da Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento (FLAD).
A Associação dos Estudantes do Instituo Superior Técnico (AEIST) tem também um papel determinante na produção destes kits, assegurando todo o processo de montagem dos mesmos. A intervenção da equipa de voluntários da AEIST começa desde logo na receção das zaragatoas e a posterior divisão das mesmas em sacos de duas unidades que são encaminhados para os laboratórios do Campus Técnológico e Nuclear ( CTN) para a devida esterilização. “Após a receção dos sacos de zaragatoas esterilizados e dos tubos falcon, vindos do ABC UAlgarve com o líquido de transporte, a AEIST finaliza o kit, juntando os componentes, etiquetando o saco e selando”, explica António de Almeida Costa, vice-presidente da AEIST para o campus da Alameda. A produção e o corte das etiquetas do kit está também a cargo da equipa da AEIST.
Recorde-se que as zaragatoas são essenciais para o despiste da Covid-19, e que Portugal estava a importar este material de colheita para poder fazer os testes. Agora existe um produto 100% português que junta o estado, a academia e as empresas para fazer face à atual situação de emergência de saúde pública.