Campus e Comunidade

13ª edição das Jornadas de Santa Bárbara aproxima alunos do mercado de trabalho

O evento organizado pelo Núcleo de Minas do Instituto Superior Técnico desdobrou-se em vários painéis, juntando alunos a especialistas.

Uma audiência diferenciada composta por ex-alunos, alunos, professores do Técnico e diversos profissionais da área predispostos a fortalecer conhecimentos, conhecer novas perspetivas, fomentar o debate em torno de temáticas fulcrais, mas acima de tudo ávidos por partilhar. Foi com este cenário que se arrancou para a 13ª edição das Jornadas de Santa Bárbara, que decorreu esta terça-feira, 4 de dezembro.

Coube ao presidente do Técnico, professor Arlindo Oliveira, declarar o início de um rico e vasto leque de palestras, mas não sem antes frisar a importância deste tipo “de eventos organizados pelos alunos e que efetivamente têm um impacto tão grande no Técnico”. O presidente do Técnico assinalou também o “o dinamismo que a área de minas continua a ter no contexto da nossa escola”, continuando a ser “tão ou mais importante que há 100 anos atrás”.

Aproveitando o momento, o professor Manuel Francisco, responsável pelos Museus de Geociências do Técnico, subiu a palco para anunciar a assinatura de um memorando de entendimento com o Museu Nacional de Geologia de Moçambique.  Antes do professor Arlindo Oliveira oficializar a colaboração, o professor Manuel Francisco fez questão de enfatizar “os benefícios frutuosos para ambos os países” e o “estreitamento de relações” que o mesmo propiciará.

O engenheiro José Oliveira (Secil) foi, então, o primeiro dos oradores a intervir, presenteando a audiência como uma apresentação relevante, na qual explorou a forma como se processa a recuperação paisagística das pedreiras do Outão. Depois de apresentar a linha temporal que tem determinado esta intervenção, e evocando o apoio que tem sido prestado pela academia em todo o processo de estudo da melhor estratégia, o representante da Secil partilhou a estratégia seguida, nomeadamente as fases prosseguidas: “tudo começa obviamente com a modelação, seguindo-se o revestimento vegetal, manutenção e uma constante vigilância”. Através de algumas imagens que retratavam o antes e o depois foi possível perceber “os frutos do impacto visual” que o orador ia referindo ao longo da sua intervenção. “Infelizmente não temos muitas empresas pedreiras a fazer recuperação ambiental em Portugal”, destacava por fim o engenheiro.

Durante a tarde foi ainda possível ouvir os diversos oradores convidados debruçar-se sobre questões como: a exploração e sustentabilidade dos recursos naturais e energéticos, a estratégia política da União Europeia para os recursos minerais e ambiente e ainda o acompanhamento de parâmetros SSA em Minas e Pedreiras.

O momento alto do evento foi, porém, o debate que encerrou o evento, juntando o engenheiro João Carvalho (Secil) e o professor José Manuel Marques (Técnico) que sob a moderação do engenheiro Mário Bastos (VISA) se predispuseram a explorar o pertinente tema da Recuperação de zonas mineiras.