“A forma como ensinamos, como preparamos as futuras gerações carece de inovação e de formação e o Técnico está sensível a essa necessidade” – foi com estas palavras que, esta sexta-feira, 28 de setembro, o vice-presidente para a Gestão Financeira do Técnico, o professor Luís Castro, abriu a sessão onde foram apresentados vários projetos que vêm tentar colmatar essa mesma necessidade. Depois do Conselho Pedagógico (CP) ter lançado o desafio, a que a comunidade aderiu em massa- 39 propostas foram submetidas na primeira edição do concurso- foi altura de apresentar e divulgar os 17 Projetos de Inovação Pedagógica (PIP) que tem ajudado a revolucionar o ensino do Técnico. O evento reuniu por isso mesmo os autores das propostas, vários representantes dos órgãos de gestão da escola, e alguns curiosos em fazer parte desta mudança.
A ladear o professor Luís Castro no painel inaugural da sessão estavam a professora Patrícia Rosado Pinto, pró-reitora da Universidade Nova de Lisboa, que elogiou a iniciativa, e também a professora Raquel Aires barros, presidente do Conselho Pedagógico (CP), que por sua vez fez questão de agradecer o apoio institucional dado à iniciativa e também a adesão na submissão de propostas.
Rapidamente se passou das palavras gerais para apresentações atrativas que permitiram conhecer alguns detalhes dos projetos através da explicação dos seus proponentes. Ligados às mais diversas unidades curriculares, uns mais abrangentes do que outros, com níveis de ambição distintos, rapidamente se percebia que todas as propostas se cruzam na sua principal missão: trazer novas dinâmicas para o ensino. Inovar é a palavra de ordem, variavam os meios, e estes docentes tentam fazê-lo recorrendo a métodos de ensino mais ativos, a processos de avaliação e métodos de trabalho mais imediatos, essencialmente práticos e menos individuais, tornando mais acessível o material de apoio e criando cada vez mais pontes com a sociedade e a tecnologia. Ao longo das apresentações, e para além da essência dos projetos, os docentes iam evidenciando os benefícios, as metodologias, os resultados alcançados, os desafios constantes, assim como as métricas de sucesso dos testes que já foram fazendo.
O professor Hugo Nicolau foi um dos proponentes do projeto “IoT Design Studio”, que tal como o nome indica está diretamente relacionado com a Internet das Coisas. “O nosso objetivo é expor os alunos a desafios, incentivando-os a desenvolver soluções criativas para resolver problemas”, frisou o docente. “Queremos criar espaços de aulas colaborativos, onde haja espaço para desenvolver novas tecnologias”, referia de seguida. Com uma essência diferente, mas também colocando a responsabilidade de execução do lado do aluno, o projeto “IST SCOPE – IST Senior CapstOne Program in Engineering” pretende incentivar os alunos a fazerem teses de mestrado mais práticas, com uma aplicação direta no mercado através da ligação direta às empresas. “Queremos que os alunos se sintam à vontade para fazer trabalhos finais de curso diferentes, que possam por exemplo desenvolver no âmbito do mesmo a construção de uma empresa”, destacava o professor Nuno Nunes, proponente deste projeto.
A lista de projetos aprovados encontra-se publicada na página do Conselho Pedagógico, e dado o sucesso desta primeira edição dos PIP, existem já datas anunciadas para a edição seguinte. As expectativas estão altas dada “a qualidade dos projetos apresentados este ano”, como foi sendo referido pelos vários intervenientes da sessão. Na plateia todos iam tirando notas que pudessem ser úteis na melhoria dos seus projetos ou na projeção de ideias futuras. Do lado das equipas vencedoras era sempre deixada uma porta aberta para quem quisesse ajudar neste contágio de inovação.