Campus e Comunidade

4.º Encontro ObservIST: O que é bom é para disseminar

Além de premiar, o evento procura ajudar a divulgar as boas práticas recentemente distinguidas pelo Observatório de Boas Práticas do Instituto Superior Técnico.

A vontade de inovar da comunidade do Técnico é inegável e se as Boas Práticas distinguidas anualmente pelo Observatório de Boas Práticas do Instituto Superior Técnico (ObservIST) o demonstram é nos Encontros ObservIST que esta ganha voz e múltiplos rostos. Esta terça-feira, 12 de outubro, naquele que foi o 4.º Encontro ObservIST, as 12 Boas Práticas distinguidas este ano foram partilhadas com a comunidade da Escola, com os responsáveis a explicarem como estes surgiram, realçando as métricas que fazem o seu sucesso e inspirando outros com a sua capacidade de empreender.

“Olá eu sou a Beatriz e tenho quase cinco anos. Quando é que passam a existir robôs pequeninos que limpem a casa e brinquem comigo?”, foi a perguntas deste género, que, sábado após sábado, investigadores do Técnico foram sendo confrontados por curiosos de palmo e meio no “Explica-me como se tivesse 5 anos – Conversas sobre ciência no Técnico para crianças e adultos curiosos”, distinguido como a Boa Prática do ano de 2021. “Aquilo que criámos foi um programa de ligação à sociedade que pudesse efetivamente refletir a variedade e qualidade dos vários investigadores das várias unidades de investigação do Técnico”, realçou a coordenadora da Área de Comunicação, Imagem e Marketing (ACIM) e responsável pela iniciativa, Joana Lobo Antunes.

“O explica-me não nasce ao sábado às 11 da manhã, nasce com muitas reuniões preparatórias, com muito trabalho de preparação dos investigadores a quem agradecemos a enorme generosidade e audácia com que o fizeram”, realçou, em seguida Joana Lobo Antunes. Entre as várias métricas demonstradoras do sucesso da iniciativa, a coordenadora da ACIM daria especial ênfase ao facto de a “maior parte das pessoas que respondeu aos inquéritos ter revelado que ficou com mais curiosidade para saber mais sobre as áreas científicas e sobre o Técnico”.

Antes de dar conhecer os contornos que fazem do Lab2Market@Técnico um êxito, Carla Patrocínio, coordenadora da Área de Transferência de Tecnologia (TT@ Técnico), agradeceu existência desta iniciativa “que faz o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelas várias equipas”. “O programa tem como objetivo central tirar todas as tecnologias que estão dentro dos nossos laboratórios e levá-las para o mercado”, começaria por salientar. Ainda que só agora a equipa tenha decidido avançar com a candidatura ao ObservIST, o Lab2Market@Técnico vai já na 6.ª edição e já forneceu mais de 1000 horas de consultoria especializada a mais de 25 equipas, e por isso não faltariam resultados para mostrar. “Depois de participarem no programa as equipas podem decidir criar uma startup, podem licenciar a sua tecnologia a uma empresa, mediante o feedback que recebem podem orientar melhor o desenvolvimento da sua investigação, ou estarem melhor preparados para se candidatarem a fundos que lhes permitam continuar a sua investigação”, evidenciou Carla Patrocínio.

A apresentação do “ISTO É _Podcast” ficou a cargo da aluna Marta Batalha, guia do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAPE), onde a ideia nasceu e foi ardilosamente desenvolvida. Quando em março de 2020 a pandemia nos votou ao confinamento, colocando em causa a atividade de divulgação do Técnico levada a cabo pelo NAPE, a equipa não se conformou e criaria de raiz este projeto agora distinguido pelo ObservIST. “O processo de conceção desta iniciativa foi algo inovador não só, mas também, pela abrangência de conteúdos, áreas, serviços, núcleos que foram representados.  Isto permitiu-nos adaptar o nosso modelo de divulgação para um modelo mais digital mais atual e familiar para a faixa etária à qual se dirige e também facilitar o acesso à informação visto que o Podcast pode ser consultado em qualquer altura”, sublinhou a guia do NAPE, demonstrando o alcance e o ótimo feedback do projeto.

Há vários anos que o professor Miguel Mira da Silva, docente do Departamento de Engenharia Informático (DEI), usava a metodologia Scrum, com os seus alunos de mestrado, mas foi ao olhar para as taxas de aprovação de 1.ª inscrição em dissertação no mestrado em Engenharia Informática e de Computadores da Alameda e do Taguspark que percebeu que de facto os bons resultados que alcançava não eram transversais a todo o departamento. A perceção daria origem a uma tese sobre o assunto da autoria de um aluno, a um artigo publicado numa conceituada revista, e posteriormente à distinção.  Além de explicar em que consiste a metodologia usada na gestão de projetos, o professor Miguel Mira da Silva evidenciou como usa a mesma para que o rendimento dos seus alunos seja melhorado e os benefícios da mesma. “O uso desta metodologia, permite uma grande interação entre o orientador e os alunos, a tese é construída gradualmente e permite aos alunos ter um feedback constante, e o facto de estarem todos juntos introduz uma pressão de grupo que leva a melhores resultados”, evidenciou.

O evento foi presidido pelo professor Alexandre Francisco, vice-presidente do Técnico para os Assuntos Académicos e presidente do Conselho para a Gestão da Qualidade, e pela professora Teresa Peña, presidente do Conselho Pedagógico (CP).  Ambos reiteraram a importância desta iniciativa, felicitando os projetos reconhecidos, a determinação e trabalho de quem os alavancou.

Ao longo da manhã, as apresentações das restantes Boas Práticas sucederam-se, com as equipas por detrás das mesmas a darem a conhecer a essência da boa prática,  como foram implementadas,  os resultados conquistados, destacando o carácter inovador e transferibilidade das mesmas. Estes detalhes podem ser conhecidos na página do ObservIST de cada um dos projetos:

Galeria de fotografias do evento