O Caio tem 5 anos, o pai é professor no Técnico, e não precisou fazer um grande esforço para o convencer a vir ao Keep in Touch, o evento que integra as comemorações do aniversário do Instituto Superior Técnico e que todos os anos junta os antigos alunos de várias gerações. “Quero ser cientista ou astronauta e por isso quis vir aqui, ver moléculas, planetas e tudo”, dizia o menino, não desviando o olhar curioso perante todos os elementos que compunham um dos laboratórios de Química.
A família de Caio não veio sozinha. Alumni, professores, funcionários que trouxeram as famílias ou os amigos, ou casais de namorados que encontraram nas atividades uma “oportunidade de fazer um programa diferente”. Os simuladores de aceleradores de partículas, elementos de arquitetura em 3D, vídeos HD de Marte ou demonstrações de Robots Sociais eram algumas das atividades oferecidas à comunidade. Era porém à volta dos drones, dos carros da equipa Formula Student e das mesas de experiências que mais se denotava o burburinho da curiosidade.
O engenheiro João Faden, alumnus do Técnico, trouxe as filhas, a Francisca e a Leonor, de 15 e 12 anos respetivamente. Entraram no Departamento de Física um bocadinho a medo mas lá foram fazendo perguntas sobre o que iam vendo, encorajadas pelo pai. As jovens afirmam que ele gostava de as ver no Técnico, João nega com um sorriso, dizendo “que quer que elas façam o que as fizer feliz. Trouxe-as porque “é uma atividade interessante, que as informa, que lhes transmite algum tipo de conhecimento e acima de tudo achei o formato engraçado e acho que se vão divertir”, afirma o antigo aluno de Engenharia Mecânica.
“Vamos ver a festa lá de cima”, dizia Tatiana Ferreira com o seu grupo de amigas a caminho da Torre Sul, onde a subida ao terraço deixava contemplar todo o campus da Alameda em festa. O grupo de amigas foi à banca da Futurália, soube do evento e fizeram questão de vir. “Eu pelo menos vou voltar daqui a uns meses. Não podia ter gostado mais”, dizia Tatiana que em breve concorrerá à faculdade.
Entre uma e outra atividade, os antigos alunos lá se iam cruzando e colocando as memórias em dia. A agitação vinha quase sempre acompanhada por um balão do Técnico, uma pulseira colorida ou uns óculos de cientista que os mais pequenos iam recolhendo ao longo do percurso. A porta do pavilhão central era o ponto de concentração dos participantes no final da aventura. Foi lá que teve lugar o brinde ao Técnico acompanhado pelas palavras do presidente. “Esta festa reflete bem o quanto gostamos desta escola e o quão bom é ser parte desta escola”, disse o professor Arlindo Oliveira.
As atuações das tunas e os parabéns à escola não deixaram desmobilizar a comunidade. Os mais pequenos lá se iam indo embora meios contrafeitos. O professor Arlindo Oliveira disse-lhes que contava que regressassem um dia. O pequeno Caio disse que voltava “para se tornar o melhor cientista do mundo”.