Campus e Comunidade

Campus do Taguspark foi palco de maratona criativa de videojogos

Aberta ao público, a iniciativa desafia os apaixonados pela área de desenvolverem jogos em torno de uma determinada temática, apenas divulgada no início da Global Game Jam.

O campus do Taguspark acolheu no último fim-de-semana do mês de janeiro, de 25 a 27, uma maratona criativa internacional de jogos de diversas áreas, a Global Game Jam.  O campus do Técnico foi o ‘recinto’ com mais participantes na região da Grande Lisboa, acolhendo o desafio pelo terceiro ano consecutivo. “Apesar de não sermos o centro geográfico, temos sido o centro que tem atraído cada vez mais participantes nesta iniciativa de cariz global. O facto de a nossa organização ter sido reconhecida internacionalmente em 2018 e termos colaborado com outras instituições da Grande Lisboa como a Faculdade de Bela Artes da Universidade de Lisboa e ‘A Ludoteca’ pode ter ajudado a esse crescimento”, explica o professor Carlos Martinho, professor do Departamento de Engenharia Informática (DEI), membro do Laboratório de Jogos do Técnico e um dos responsáveis pela organização.

“Trata-se da maior ‘game jam’ do mundo. Este ano, contou com a participação de mais de 860 ‘jam sites’ espalhados por mais de uma centena de países”, explica o professor Carlos Martinho. Pelo campus do Taguspark o número de participantes passou as seis dezenas “dos quais mais de metade eram alunos ou antigos alunos do Laboratório de Jogos do Técnico”, como refere ainda o docente do Técnico. Na Global Game Jam, os apaixonados pela área, com ou sem experiência profissional, são desafiados a desenvolver um jogo em 48 horas, sob um tema que lhes é apenas revelado no arranque do evento e ao qual os jogos têm que ser subordinados. Este ano,  e partindo do mote “what home means to you”, as equipas formadas em plena competição enfrentaram uma corrida contra o tempo para conseguir criar e desenvolver um protótipo de videojogo o mais otimizado possível. “Apesar da ‘Global Game Jam’ do Técnico / Belas Artes terminar com um prémio que recompensa a equipa com melhor projeto no final do evento, não se trata de uma competição entre equipas, sendo mais um evento que encoraja cada equipa a explorar a relação entre tecnologia e criatividade num contexto multidisciplinar”, assinala o professor Carlos Martinho.

Os jogos desenvolvidos exploraram diversos terrenos, com enredos interessantes que colocam os jogadores a decorar uma casa- e a gerir os conflitos que daí podem advir- ou a dividir uma casa com alguém que nunca chegam a encontrar.   No final, porém, foi o jogo “Retwined” que levou a distinção principal. José Diogo de Magalhães, José Franco, Mário Saldonha e João Ramiro compõem a equipa vencedora, sendo o último elemento da lista um  aluno do Técnico. Também nas duas menções honrosas atribuídas estavam representados atuais ou antigos alunos de Escola. Os jogos desenvolvidos podem ser explorados no site do evento.

“Os trabalhos desenvolvidos são potenciais pontos de partida para projetos que podem ir muito para além da ‘Global Game Jam’”, frisa o professor Carlos Martinho, enfatizando ainda importância deste evento “que facilita a exploração de uma área intrinsecamente multidisciplinar”. Para o docente do Técnico, “uma ‘Game Jam’ é talvez a forma mais ‘romântica’ de criação de jogos”, e talvez o ingrediente do seu sucesso seja mesmo esse.