Campus e Comunidade

Concurso de programação SWERC trouxe ao Técnico centenas de estudantes nacionais e internacionais

Técnico recebeu umas das três eliminatórias do concurso de programação que apresentou 12 desafios aos participantes.

Vêem-se dezenas de balões coloridos suspensos no ar pelo Técnico Innovation Center. No final de cada cordel estão as mãos de vários estudantes, que os levaram cheios de hélio até ao seu destino final: as mesas de cada equipa que concluiu um dos 12 desafios apresentados na fase final desta eliminatória da competição internacional de programação International Collegiate Programming Contest – Southwestern Europe Regional Contest (ICPC-SWERC).

É o cenário que, entre 21 a 23 de novembro, inunda o Técnico Innovation Center powered by Fidelidade, em Lisboa, e que torna o Instituto Superior Técnico num dos palcos da mais recente eliminatória do ICPC-SWERC 2025, organizada localmente pelo Departamento de Engenharia Informática. Com participantes nacionais e internacionais, de países como Espanha, Suíça, Países Baixos, Itália e Israel, o evento conta com a participação de 142 equipas e decorre em simultâneo em três locais diferentes – no Técnico, em Lyon (França) e em Pisa (Itália).

A prova final começa cedo, pelas 8h30 de domingo, e cada equipa de três elementos prepara-se para uma manhã de resolução de problemas. A resposta certa não basta, cada minuto conta e os estudantes estão em contrarrelógio para estarem na linha da frente, fugindo ao ‘pelotão’ de dedos que embatem energeticamente nas dezenas de teclados que ocupam o espaço. À medida que cada problema é resolvido, um balão de cor diferente chega nas mãos de um dos voluntários para decorar a mesa e representar a conquista. Ao longo da manhã, os corredores de mesas cinzentas aparecem cada vez mais salpicados de soluções coloridas.

“É sempre bom para o Técnico receber [estas competições]”, comenta Tomás Duarte, aluno do mestrado em Engenharia Informática e de Computadores que participa pela terceira e última vez nestas provas, por estar a concluir o mestrado. “A cada três ou quatro semanas, quando havia disponibilidade, reuníamos, simulávamos um concurso e depois discutíamos os problemas”, diz, descrevendo a preparação da sua equipa, os RunTimeTerror, que contaram com um elemento novo na edição deste ano.

Alexandre Francisco, professor do Técnico, vice-presidente para as Tecnologias Digitais e co-diretor do evento, explica a existência no Técnico de “muitos estudantes com as características para participar neste tipo de eventos”. “É uma questão de eles saberem que eles existem e depois dedicar algum tempo de treino e preparação antes dos eventos”. O esforço de organização do evento, partilha, foi feito “para termos mais equipas, equipas mais motivadas e alunos que queiram participar no futuro”, acrescentando que o Departamento “organizará em breve as olimpíadas nacionais da inteligência artificial, entre outros eventos deste género”.

Concluídas estas duas edições (ler reportagem da edição de 2024), o papel da Escola enquanto co-anfitriã e co-organizadora destas eliminatórias chega ao fim, preparando-se agora a passagem desta ‘pasta’ para outras instituições. “Correu bastante bem, nós fomos responsáveis quer pela organização do website em Lisboa, quer pela parte técnica das imagens que eles usam nos computadores, os servidores onde são avaliadas as soluções que eles submeteram”, comenta o co-diretor do evento. “No ano passado também correu bem mas era a primeira vez que estávamos a organizar este evento portanto houve alguns ajustes que tivemos que fazer”, conclui.

Já com o sol escondido, as equipas acompanhadas pelos seus treinadores observavam, inquietas, a atualização dos seus resultados (e da tabela geral) em tempo real pelo software desenvolvido pelo Técnico. Cada resposta certa merecia aplausos e festa, mas à medida que se esgotavam as respostas por avaliar, a expectativa de ver a tabela finalizada e os resultados confirmados gerava uma tensão palpável e o ruído era cada vez menor. No final, quando a tabela fechou, Lisboa despediu-se dos seus parceiros em Lyon e Pisa e ficaram apenas as memórias e os sorrisos nas caras dos participantes.

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