“Já é a 6ª edição da Conferência de Engenharia Naval e este ano tentamos melhorar um bocadinho em relação aos anos anteriores”, reitera Rodrigo Fernandes, presidente do Núcleo de Alunos de Engenharia Naval (NAEN), e um dos responsáveis pela organização do evento que agitou o Salão Nobre, esta quarta e quinta-feira, 6 e 7 de março. As melhorias apontadas pelo aluno são visíveis no programa e sobretudo revelam-se na adesão alcançada.
Foi efetivamente, perante uma sala cheia e muito atenta, que o painel Alumni decorreu, encerrando o primeiro dia do evento. Mónica Teles (Damen Shypyards Group), Luísa Figueiredo (Van Oossanen), Francisco Rita (Chalmers University of Technology), David Domingos (Van Oossanen) e Ulla Machado- Damhaug (Moss Maritime) foram os antigos alunos do curso convidados para partilhar experiências e oportunidades. Tendo como guião as perguntas que Rodrigo Fernandes ia colocando, os alumni apresentaram o percurso que se seguiu ao Técnico e as escolhas que conduziram aos cargos que ocupam hoje, não esquecendo o papel que a Escola teve em todo o sucesso que foram trilhando. “O Técnico deu-me uma bagagem extremamente boa para trabalhar onde quer que seja, e percebo isso quando lido com os meus colegas do resto da Europa”, vincava Francisco Rita.“Qualquer aluno que diga que vem desta Escola vai ter sempre uma ótima recetividade no mercado, assinalava por sua vez Mónica Teles. Partilhando perspetivas dos diferentes mercados de trabalho em que trabalham, os alumni iam salientando as valências que são valorizadas nos mesmos. “Mediante a minha experiência, posso dizer que as empresas valorizam muito a capacidade de resolução de problemas e trabalho de equipa”, destaca David Domingos. “As empresas não estão à espera que saibamos tudo ou que sejamos já os melhores engenheiros mundo. Espera-se sim que tenhamos disponibilidade e vontade de aprender”, rematava Luísa Figueiredo.
E se o primeiro dia juntou antigos alunos, o segundo dia do evento tentou fazer a ponte para o mercado como explicou, aliás, Rodrigo Fernandes: “Tentamos privilegiar muito essa vertente de ligação ao mercado porque ao falar com os alunos percebemos as dúvidas relativamente a estas questões”. Assim e depois de um workshop sobre comunicação empresarial dado pela Spark Agency, os participantes tiveram oportunidade de integrar uma sessão de networking com oito empresas da área. O ponto alto deste segundo dia será, sem dúvida alguma, a palestra de Tony Castro, um conceituado designer de Iates e veleiros com uma carreira consolidada a nível internacional. Para encerrar em grande – e como é prática recorrente na organização desta conferência- não são esquecidos os projetos da casa e por isso mesmo Dinis Rodrigues, atual Team Leader, e David Domingos, fundador, sobem a palco para contar como se iniciou o sonho do Técnico Solar Boat e a evolução que o projeto tem registado desde então.
Apesar dos poucos anos que conta, a Conferência de Engenharia Naval tem vindo a ganhar destaque ano após ano no contexto das Técnico Career Weeks. “Mesmo tendo pouca experiência e sendo um curso pequeno, acho que aos poucos vamos conquistando mais participantes”, assinala Rodrigo Fernandes. “Gostei muito de ver o Salão Nobre cheio e do interesse que verificamos em torno dos nossos convidados. Fiquei verdadeiramente orgulhoso”, confessava o presidente do NAEN, assinalando o “balanço extremamente positivo” que vai marcar esta 6ª edição.