Campus e Comunidade

Equipa de alunos do Técnico conquistam 1.ºlugar da CityHack

A EcoThinking venceu a maratona tecnológica com a apresentação de um projeto que pretende economizar e gerir energeticamente uma casa.

Diogo Ribeiro, Duarte Honrado, Guilherme Viegas, João Maria Janeiro, João Almeida e Pedro Guerreiro, alunos de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores no Técnico, arrecadaram o primeiro prémio da maratona tecnológica, CityHack, organizada pelo Instituto Politécnico de Tomar (IPT).  Ao tomar conhecimento da iniciativa, e enquanto bons adeptos de desafios, os alunos decidiram inscrever-se de imediato, vislumbrando a maratona como uma forma de também testarem os seus conhecimentos. “Decidimos também participar devido ao facto de ser uma hackathon com temas relacionados com a saúde, bem-estar, envelhecimento ativo, desenvolvimento sustentável e afins, podendo provar que conseguimos contribuir para aumentar a qualidade de vida de uma pessoa”, declara Diogo Ribeiro, em nome da equipa EcoThinking.

A maratona tecnológica, organizada pelo IPT e pela câmara municipal, decorreu no complexo da Levada, a 11 e 12 de maio. Durante 24 horas, um total de 17 equipas, oriundas de 15 instituições de ensino superior e de 27 cursos diferentes, competiram entre si e contra o cansaço. “Nenhum de nós estava à espera do trabalho que deu sobreviver a 24 horas de puro trabalho”, partilha Diogo Ribeiro. “No início o espírito de equipa estava excelente e todos conseguimos comunicar as nossas ideias e o que era preciso ser feito, mas com o passar do tempo e as horas de trabalho a acumularem-se tornou-se cada vez mais difícil”, sublinha de seguida o aluno. Apesar da pressão, dos erros que iam surgindo e do cansaço acumulado, a equipa do Técnico conseguiu manter a calma necessária para desenvolver o projeto que tinha em mente e vencer a competição. “Foi uma verdadeira prova de esforço passada com distinção”, confessa Diogo Ribeiro.

Nesta 3.ª edição da competição o tema foi “A Cidade como Plataforma Social”, sendo todas as equipas orientadas por mentores ligados ao IPT, Câmara Municipal,  Comissão de Proteção de Crianças e Jovens(CPCJ), Santa Casa da Misericórdia, Cáritas, Paróquia de Tomar, Centro de Integração e Reabilitação (CIRE) e Centro de Assistência Social de Tomar (CAST). A EcoThinking desenvolveu um dipositivo que tem por base a gestão energética de uma habitação ou empresa. “Basicamente, o dispositivo colocado na tomada contém, entre outros componentes, um sensor de corrente e um relay, que permite enviar informações da corrente e consequentemente, perceber a energia despendida naquela tomada”, explica o porta-voz da equipa. Os dados são alojados num servidor, e ao registar-se no site que a equipa também idealizou, o utilizador consegue visualizar os gastos diários e mensais. “Estes dados são também trabalhados com o intuito de ajudar o cliente a decidir que aparelhos pode deixar ligados ou desligados e a que horas, e até eventualmente permitir o cliente a programar um horário de funcionamento da plug”, explica Diogo Ribeiro.

Questionado sobre o que terá feito a decisão do júri pender para o lado da equipa do Técnico, Diogo Ribeiro é categórico na resposta: “considero que o espírito de entreajuda, dedicação, cooperação, gestão do tempo, divisão de tarefas e determinação foram preponderantes para vencer a competição”. “Nas 24 horas de trabalho foi raro o tempo em que estivemos ‘parados’, fizemos turnos para dormir de modo a conseguir estar sempre a avançar com o nosso projeto”, adiciona de seguida.

A verdade é que o primeiro prémio da competição, designado “Hack for Good” e com um valor monetário de €2.000, veio com os alunos do Técnico. Apesar do galardão ser importante, os alunos do Técnico consideram a participação só por si como um investimento e os conehcimento adquiridos como uma grande recompensa. “É uma mais-valia não só para o currículo ou para a experiência académica, mas também como prova que nada é impossível quando se trabalha em equipa e se tem objetivos a concretizar”, justifica Diogo Ribeiro.

Festejada a vitória e já de regresso ao estudo, o grupo de alunos tenciona continuar a investir na ideia que levou à competição, criando mais funcionalidades do que aquelas que já existem. “A Fundação Calouste Gulbenkian mostrou-se bastante interessada em ajudar a levar a nossa ideia avante, dando-nos o apoio e a mentoria necessária, que desde já agradecemos”, adianta o aluno do Técnico.