“Saber história, materiais e estática está na base de toda a engenharia civil”, garante o Presidente do Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Ambiente do Instituto Superior Técnico. Luís Calado foi o primeiro a confiar nas competências técnicas dos futuros engenheiros e a colocar-se debaixo da ‘Ponte da Vinci’, apresentada à Escola a 22 de setembro.

Depois de três edições a construir pontes com grades de cervejas (à estreia em 2022, seguiu-se uma ponte de maior vão em 2023 e a maior das três em 2024) os estudantes que integram o núcleo Fórum Civil, optaram em 2025 por usar barrotes de madeira, na sua empreitada: uma ponte de 6 metros de vão e 3,3 metros de altura. A inspiração vem de Leonardo Da Vinci e da ponte sem pilares e de arco único que desenhou em 1502.

Descartadas as ideias de um castelo de grades e de uma cúpula por procurarem um desafio científico diferente, os estudantes começaram por desenhar em autocad a ponte Da Vinci que pretendiam erguer no Jardim Norte, do campus Alameda. Mas antes houve ainda a construção de uma maquete da mesma, explicou Marta Franca, estudante do 4.º ano de Engenharia Civil e uma das construtoras da obra.

A 18 de setembro, 20 estudantes do núcleo de estudantes de Engenharia Civil, juntaram-se para erguer “do meio para as pontas” a primeira ponte Da Vinci erguida no Técnico com esta dimensão, segundo João Pegas, Presidente do Fórum Civil.

Presente na inauguração da ponte esteve também Hélder Santos, administrador da Jular, empresa que cedeu os barrotes de madeira necessários à construção. No seu discurso, além de apelar à “utilização de materiais com baixa pegada de carbono”, lembrou que “antes de haver engenheiros, havia arquitetos e que “os arquitetos eram carpinteiros”. “A madeira faz das coisas mais comezinhas até às maiores obras”, concluiu.

Esta atividade inseriu-se no Under Construction, evento que pretende “mostrar o mundo da Engenharia Civil aos estudantes do 1.º ano”.