“Garantir que o evento ia ao encontro das necessidades e expectativas da comunidade de Engenharia Civil do Técnico”, foi, segundo Raquel Carvalho, presidente do Fórum Civil, o principal foco da organização da 7ª edição das Jornadas de Engenharia Civil. O evento que decorreu ao longo da semana passada, de 25 de fevereiro a 1 de março, contou com a participação de professores, alumni, alunas e cerca de 15 empresas da área. Através de visitas técnicas, workshops, diversos painéis e palestras e ainda da habitual feira de empresas foi possível consolidar conhecimentos e estabelecer pontes para o futuro.
Mais do que procurar novas atividades, a organização apostou “na consolidação das já existentes e conhecidas dos alunos”, refere a presidente do Fórum Civil. “Adicionalmente, tentámos criar um maior dinamismo ao evento através da participação de um considerável número de empresas em diversas atividades durante toda a semana”, refere posteriormente. Nesta 7ª edição, a organização conseguiu bater o recorde do número de empresas presentes na feira de empresas, contando com 15 empresas do ramo de construção, projeto de engenharia e gestão integrada e materiais.
Entre os vários locais a que as JEC abriram portas para as visitas técnicas estiveram o Centro de Comando Operacional de Lisboa, a nova residência de estudantes da Nova SBE e ainda o parque de estacionamento da Gare do Arco do cego. “No nosso curso há poucas visitas organizadas no âmbito das unidades curriculares e as que são promovidas realizam-se numa fase já muito tardia do curso”, justifica Raquel Carvalho. “Desta forma, as visitas são sempre uma atividade muito procurada pelos estudantes uma vez que lhes permite ter contacto com a prática da engenharia, consolidando o conhecimento adquirido nas aulas”, adiciona ainda a presidente do Fórum Civil.
Pedro Carvalho Costa, engenheiro de estruturas da Foster+ Partners e antigo aluno do Técnico, foi o nome escolhido para encerrar o programa das JEC. “A túlipa” – o futuro arranha-céus da cidade de Londres, em forma de flor e que poderá atingir os 300 metros de altura- foi o tema da sessão de encerramento e claro um compreensível atrativo para os apaixonados da área. Começando por explicar o seu percurso académico, o orador partilhou a história por detrás da sua contratação pela reconhecida empresa de arquitetura com sede em Londres. “Vim a uma palestra, tal como esta a que vocês estão a assistir hoje e decidi que entregar o meu currículo ao orador. Fiquei extremamente surpreso quando algumas semanas depois fui contactado”, recordou. A apresentação da empresa, do trabalho desenvolvido na mesma e da diversidade de profissionais que a compõem foram também sendo expostos pelo antigo aluno do Técnico. Foi depois altura de os olhos se arregalarem para através do orador conhecer aquele que é considerado como um dos grandes projetos do século XXI. Através de diversas fotografias, o engenheiro Pedro Carvalho Costa ia facultando alguns detalhes entusiasmantes do projeto, nomeadamente o facto de que o edifício irá contar com pontes suspensas e será possível passear pela fachada do edifício com recurso a casulos de vidro. “A construção deste projeto está envolta numa grande confidencialidade”, ia revelando. E porque é o ramo das estruturas que domina e foi sobre isso que se propôs a falar, o orador conduziu depois a audiência por uma análise estrutural do futuro edifício.
Ao longo de toda a semana, estima-se que cerca de 200 estudantes de Engenharia Civil terão aderido às diversas atividades da JEC. “Este é um número que pretendemos que continue a aumentar ano após ano”, adiantou Raquel Carvalho. Para a presidente do Fórum Civil a grande mais-valia desta participação e que pode e deve mobilizar os estudantes “é, sem dúvida, darem-se a conhecer ao mercado de trabalho, perceberem as suas dinâmicas, aquilo que os espera, bem como as oportunidades que os aguardam, partindo em clara vantagem em relação àqueles que não o fazem”.