Campus e Comunidade

Mais de 40 empresas reunidas na SET

Com um programa cada vez mais vasto, a semana empresarial e tecnológica do campus do Tagupark propicia, através de diferentes atividades, o contacto com o mundo profissional.

Estabelecer contactos com empresas, partilhar experiências, descobrir a panóplia de paisagens profissionais no futuro são alguns dos objetivos da Semana Empresarial e Tecnológica (SET) que vai já na sua XVI edição. O evento que começou esta segunda-feira, 25 de fevereiro, entende-se até dia 28, e promete agitar o campus do Taguspark.

“Quisemos dedicar este primeiro dia à vertente do empreendedorismo e das startups, porque o empreendedorismo é cada vez mais uma opção para os alunos de engenharia e achamos importante haver este contacto com empreendedores de sucesso”, é assim que Henrique Santos, co-cordenador operacional da SET, explica a escolha da temática subjacente ao painel de abertura desta primeira edição. Miguel Matos, responsável pela incubadora do Taguspark, Rafael do Rosário, co-fundador da TalkGuest, Diogo Simões, co-fundador da Elecctro, Gonçalo Mendes e Vasco Moreia fundadores da Followprice, foram os oradores convidados para partilhar os desafios do empreendedorismo e assinalar os detalhes que vão fazendo a diferença neste ecossistema.

“Na minha opinião ser empreendedor é uma questão de atitude, vontade de fazer coisas novas.  Nós podemos ser empreendedores em tudo na vida, não só em termos empresariais, mas também a nível pessoal”, declarava Vasco Moreia. “É quase um vício que quando entra dificilmente se volta a sair, uma vez empreendedor, dificilmente se volta a trabalhar por conta de outrem”, realçava, por sua vez, Diogo Simões. Felicitando a organização do evento que o mesmo considera também “uma forma de empreendedorismo”, Gonçalo Mendes enumerava algumas das dificuldades subjacentes a esta escolha profissional, salientando a importância das equipas no sucesso de cada projeto: “as ideias valem muito pouco, aquilo que vale verdadeiramente é a nossa capacidade e vontade de as executar. Por vezes há ideias que não são tão boas, mas sendo a equipa excelente vai executá-las de forma excelente e torná-la num projeto com sucesso”.

Guiada pelo orador, a conversa acabaria por parar nas mais-valias oferecidas por uma incubadora, sendo Miguel Matos categórico ao afirmar que a maior de todas é o ambiente. “A nossa incubadora dá sobretudo ambiente. E isto não é pouco importante. Uma equipa entrar num gabinete, e estar despreocupado relativamente a um conjunto de coisas e focar-se no desenvolvimento do seu projeto”, expunha ainda. Realçava “O nosso projeto não seria o que é hoje, se não tivéssemos passado pela incubadora do Taguspark. Há um capital dentro de uma incubadora muitas vezes invisível, mas que é muito importante e que tem a ver essencialmente com esta troca de informação entre os vários projetos que compõem o ecossistema”, advogava por sua vez Rafael do Rosário. A conversa terminou com uma breve apresentação das empresas que lideram e de algumas propostas profissionais disponíveis nas mesmas.

Este primeiro dia e o átrio central do campus foram também reservados aos núcleos de estudantes que através das suas bancas iam retendo atenções aos que passavam por lá. Nos três dias que seguem no programa da SET, passarão a ser conceituadas empresas a despertar o interesse dos alunos do campus. “Além de estarem aqui no átrio a fazer abordagens diretas aos nossos alunos, as empresas irão fazer várias apresentações e dar workshops sobre determinados projetos que detêm”, destaca Henrique Santos. “Contamos com mais de 40 empresas, este ano. É engraçado perceber que as mesmas têm esta vontade e necessidade de conhecer os alunos do Técnico”, acrescenta.

O programa desta SET tem como foco central o mercado de trabalho, juntando na sua organização “alunos e interesses dos quatro cursos do Taguspark”. “Queremos sempre mais porque é para isso que trabalhamos. Esperamos cativar o máximo de pessoas, porque tentamos inovar nesse sentido”, conclui co-cordenador operacional. A verdade é que por estes dias, e devido à envolvente criada se torna irresistível não aproveitar os puffs reservados à audiência enquanto se desfruta da aprendizagem dos que sobem ao palco. À distância de um olhar e de uma troca de palavras pode estar o futuro.