O Instituto Superior Técnico recebeu, no dia 24 de outubro, uma delegação do Chinese Scholarship Council (CSC) para a assinatura de um ‘memorando de entendimento’ que estabelece um novo enquadramento de cooperação entre as duas instituições. O protocolo, formalizado na Sala de Reuniões do Pavilhão Central do campus Alameda, visa promover iniciativas conjuntas nas áreas da mobilidade académica (através da criação de bolsas de mobilidade), da investigação científica e da formação avançada.
A visita da comitiva chinesa, liderada por SHENG Jianxue, secretário-geral do CSC, sublinhou o compromisso partilhado de fortalecer a ligação entre os dois países no domínio do ensino superior e da ciência. “Gostaríamos de expressar a nossa sincera gratidão pela hospitalidade e pelo convite do Instituto Superior Técnico”, afirmou, realçando a relevância desta parceria para o desenvolvimento de talento e inovação. “Temos um grande interesse em apoiar a formação de profissionais altamente qualificados e em criar novas bases para o futuro através destas bolsas”. O responsável convidou ainda o Técnico a visitar as instalações do Chinese Scholarship Council, reforçando a vontade de dar continuidade à colaboração agora estabelecida.
Após a assinatura do protocolo, a delegação teve a oportunidade de conhecer três unidades de investigação e ensino do Técnico, contactando diretamente com projetos que ilustram a diversidade científica e tecnológica da Escola. No Instituto de Sistemas e Robótica (ISR-Lisboa), o robô “Chico” recebeu-os servindo de ponto de partida para a apresentação de projetos centrados na cognição humana e na interação entre humanos e robôs, incluindo sistemas de comunicação baseados em gestos. A equipa apresentou também sistemas autónomos dedicados à exploração do oceano Atlântico e a ambientes subaquáticos, onde a engenharia e a biologia se cruzam de forma interdisciplinar.
O percurso prosseguiu no Laboratório de Engenharia Aeroespacial, onde a atenção recaiu sobre protótipos de rockets, sistemas de propulsão e veículos aéreos elétricos, desenvolvidos para missões de apoio à Proteção Civil. Os estudantes do Técnico mostraram como estas tecnologias podem mapear áreas afetadas por incêndios e identificar percursos seguros para equipas de emergência, colocando a inovação tecnológica ao serviço da sociedade.
A visita terminou no Laboratório de Estruturas e Resistência de Materiais e no Laboratório de Construção do Departamento de Engenharia Civil do Técnico, com a apresentação de infraestruturas destinadas ao estudo do comportamento de materiais e estruturas. Equipados com câmaras climáticas e sistemas de simulação sísmica, os laboratórios permitem avaliar a segurança estrutural e desenvolver estratégias para a preservação do património edificado, sublinhando a “importância da investigação experimental e da colaboração internacional na resposta a desafios contemporâneos de engenharia”.
Para o Técnico, o acordo assinado representa um “passo consistente na estratégia de internacionalização” da Escola. Leonel Sousa, coordenador da Escola Doutoral, sublinhou a importância de criar contextos académicos abertos e globalizados: “É essencial que os estudantes de doutoramento desenvolvam competências aplicáveis e estejam preparados para colaborar com a indústria e com instituições de diferentes países”, destacando ainda que “mais de 30% dos estudantes [do Técnico] de doutoramento são internacionais”.
