Foi com uma Mesa Redonda sobre o Passado, Presente e Futuro na Engenharia e Gestão Industrial, em que estiveram presentes os engenheiros Luís Mira da Silva, Clemente Pedro Nunes e Luís Todo Bom, que chegaram ao fim as Jornadas de EGI, na última quinta-feira.
Ao longo de mais de uma hora, os três distintos engenheiros e gestores, todos antigos alunos do Técnico, falaram sobre o que a Engenharia e Gestão Industrial (EGI) dá ao tecido empresarial português, e em que é que o curso do Técnico pode fazer a diferença. E uma garantia foi dada por Luís Todo Bom: “Os graduados de EGI do Técnico não têm nenhum problema de emprego. Não se preocupem com isso, o mercado está todo à vossa espera”.
“O percurso normal de um engenheiro começa pela engenharia e depois evolui até cargos de economia e gestão; o vosso curso antecipa isto mesmo. Vão ter toda a formação técnica que os engenheiros têm, e isso vai ser muito importante para o vosso futuro, mas também têm as bases da economia e gestão que vão ajudar a uma aprendizagem mais fácil quando tiverem cargos nestas áreas”, explicou Luís Mira Amaral. “Acho que este é curso é um dos mais completos que existem em Portugal. Mais completo, global e integrado”, referiu.
Clemente Pedro Nunes, um dos fundadores da licenciatura em EGI no Técnico, lembrou que a criação do curso partiu da necessidade de ter uma nova frente no enquadramento da engenharia e da produção industrial. “Era preciso criar engenheiros que soubessem levar a tecnologia para a indústria. Tenho muito orgulho em ter sido um dos fundadores deste curso.”
A sessão, moderada pelos professores Rui Baptista (presidente do Departamento de Engenharia e Gestão) e Ana Póvoa, contou com a participação de muitos alunos, que se mostraram preocupados por algumas “falhas” que podem existir nos currículos. Aí, os convidados foram categóricos: não é possível garantir que os alunos saem de EGI “totalmente engenheiros e totalmente gestores”.
“Vocês saem daqui com capacidade para serem diretores de produção, de tecnologia ou de operações – não de finanças ou marketing”, afirmou Luís Todo Bom. Clemente Nunes aproveitou para acrescentar que os alunos de EGI “têm de ter um perfil de grande capacidade de síntese e atenção aos aspetos estratégicos”. “O futuro é sempre um desafio.”
Mas o Técnico é a escola ideal para a preparação destes “alunos que querem ser engenheiros e no futuro pensam ser gestores”: “A preparação teórica que temos aqui não tem paralelo em nenhuma universidade portuguesa”, disse Luís Todo Bom. “Depois de passar pelo Técnico, fazer um MBA é de chapa.”
Depois da Mesa Redonda, houve espaço para uma curta sessão de encerramento, onde o professor Rui Baptista aproveitou para agradecer a todos os envolvidos na organização das Jornadas de EGI. “Deixo aqui votos para que continuem com a mesma dinâmica e interesse que tiveram até agora”.
Filipa Almeida, presidente do Núcleo de Alunos de EGI, aproveitou para agradecer a “todos os que tornaram este evento possível” e explicou o conceito “learn – do – connect” por detrás das Jornadas: “Quisemos dar-vos oportunidades para aprender, pôr em prática os conhecimentos e partilhar as experiências”.
As Jornadas de Engenharia e Gestão Industrial são um evento organizado pelo NEEGI e enquadram-se na iniciativa Técnico Carrer Weeks – programa que tem como finalidade apoiar os alunos na escolha do seu futuro profissional. Este evento tem como principal objetivo aproximar alunos, antigos alunos, professores, empresas e profissionais que, de uma forma ou de outra, estão ou já estiveram ligados à Engenharia e Gestão Industrial (EGI) procurando criar um ambiente de partilha de experiências e networking.