No primeiro ano, foi um. No segundo, foram dois. Desta vez, ao terceiro ano, são quatro os estudantes do Instituto Superior Técnico que receberam a Bolsa de Estudo “Martim Lancastre”. A cerimónia de entrega decorreu a dia 7 de dezembro, no Museu de Civil do campus Alameda. Todos os laureados frequentam a licenciatura em Engenharia Mecânica, com a bolsa a dever o seu nome a um rapaz que sonhou entrar neste curso, sendo também admitidos estudantes na área de Engenharia e Gestão Industrial.
Alexandre Francisco, Vice-Presidente do Técnico para os Assuntos Académicos, parabenizou os quatro bolseiros “por serem reconhecidos pelo [seu] esforço, trabalho e empenho”. O docente agradeceu também aos mecenas “o apoio e reconhecimento dos estudantes, em particular pelo significado especial” deste apoio.
É uma bolsa que acompanha José Contreras Lopes desde o seu primeiro ano de licenciatura em Engenharia Mecânica. Frequentando agora o terceiro, o aluno renovou o agradecimento pela “ajuda preciosa”, palavras ecoadas por Carolina Cardoso, que recebeu a bolsa pela segunda vez.
No caso de Lara Sofia Pereira, trata-se da primeira vez que recebe o apoio. “Tirarei o melhor proveito e honrarei a causa que ela abarca”, garantiu a aluna, de sorriso no rosto. Bruno Miguel Borges, outro estudante que recebeu a bolsa também pela primeira vez, confessou-se “sem jeito para falar em público”, arrancando risos aos presentes quando mostrou a ‘cábula’ contendo o discurso que preparara para a ocasião. “Escolher o Técnico foi fácil, principalmente devido à sua notoriedade e importância no mundo da educação, mas as dificuldades surgiram devido a ser um estudante deslocado”, referiu o aluno oriundo de Portalegre. Tal como requerido pela bolsa, propôs-se à realização de voluntariado, no seu caso contactando com bairros desfavorecidos dessa localidade.
À semelhança das cerimónias realizadas nos dois últimos anos, o evento contou com a presença dos mecenas Diogo Chalbert, o responsável pela origem da bolsa, e os pais de Martim Lancastre. Compareceram também novos mecenas, sócios de um atelier de arquitetura, que permitiram a atribuição da bolsa a um maior número de estudantes. Diogo Chalbert celebrou esta expansão: “é de coração muito cheio que vejo isto a crescer, com cada vez mais alunos e gente nova a honrar a memória do Martim”.