Apostar numa formação complementar, contactar com o mundo empresarial, e crescer enquanto futuros profissionais são as motivações que levam anualmente alunos do Técnico à AESE Summer School. Na edição deste ano foram 8 os alunos que representaram a Escola nesta conceituada experiência formativa, e 6 deles amealharam prémios coletivos e individuais. Bernardo Valente, António Fallah e Teresa Cardoso foram três dos contemplados, e fizeram questão de partilhar neste balanço o elemento mais pesado que trouxeram na bagagem: a aprendizagem.
Antes de tudo, convém explicar a essência do programa que permite que no final o feedback se torne extraordinariamente positivo. Ao longo das duas semanas, os cerca de 42 participantes tiveram acesso a atividades teóricas e práticas, todas elas exigindo uma participação ativa e envolvente dos jovens. A primeira semana, mais teórica, contou com várias aulas, palestras e a resolução de método de caso preparados em pequenos grupos e posteriormente discutidos em aula, sendo proposto a cada grupo o delinear de soluções com vista a resolver o problema levantado. A segunda semana adquire uma componente mais prática, e os grupos que, entretanto, se reformulam visitam várias empresas de diversos ramos (Cisco, Aki, Stradivarius, a Benfica TV e o grupo Luís Simões), tendo a oportunidade de conhecer em detalhe os aspetos importantes dos negócios dessas empresas, desde a sua organização, métodos de funcionamento, os seus pontos fortes e as lacunas também. No final da semana cada grupo responsável por uma empresa terá de elaborar um plano de desenvolvimento aplicando os conhecimentos adquiridos, sendo dos resultados das apresentações que são apurados os melhores de cada categoria.
“Espetacular é a palavra certa para descrever o ambiente no seio da Summer School”, começa por contar António Fallah, aluno de Engenharia Aeroespacial. A envolvente “muito descontraída, seja entre os alunos, seja com os tutores ou com os professores que estão sempre muito disponíveis para nos ajudar”, é uma das muitas caraterísticas positivas destacadas pelo aluno do Técnico. “A Summer School serve como primeiro passo para complementar qualquer formação superior sobretudo se não tivermos tido qualquer contacto aprofundado na vasta área da Gestão”, frisa António Fallah. Para além da aprendizagem dos conceitos teóricos e das lições práticas que diz ter absorvido, o aluno de Engenharia Aeroespacial sublinha que a maior aprendizagem que retirou do programa foi a “importância de formar equipas multidisciplinares”. Esta valorização da interdisciplinaridade e do sentido de equipa deve tê-lo feito somar pontos perante o júri na conquista do prémio de melhor “Shareholder”. A chave do triunfo foi na sua opinião: “divertir-me com todas as equipas, mas também ouvi-las, perceber onde queriam chegar, confiar nas capacidades de cada uma delas”.
Teresa Cardoso, aluna de Engenharia Biomédica, conheceu o programa pela sua irmã mais velha que participou na primeira edição do mesmo. É finalista e estando às portas do mercado de trabalho e tendo em conta as muitas ofertas de emprego que tem encontrado na área de consultoria, quis aprender mais sobre Business, Management, Marketing, etc. Os objetivos passavam por testar a sua aptidão e nível de interesse pela área, “perceber como é que empresas funcionavam na vida real” e “aprender a trabalhar em equipa com pessoas de áreas e idades diferentes”. Para além de sentir que complementou a sua formação, das várias aprendizagens retiradas aquelas que lhe apraz focar é a de “não ter medo de dar a minha opinião, de pensar fora da caixa e de perguntar, até se for em relação a áreas diferentes da minha”. A equipa de Teresa Cardoso acabou ser escolhida como a melhor a representar a Stradivarius, o que na sua opinião teve muito a ver com a abordagem dinâmica que delinearam. “Íamos falando uns atrás dos outros, numa ordem que parecia um pouco aleatória, sobre várias ideias que nos foram surgindo”, narra.
Também a equipa de Bernardo Valente, aluno de Engenharia de Telecomunicações, obteve a distinção de melhor equipa, mas em representação da Benfica TV. A estratégia foi “muito simples”, segundo o aluno do Técnico: “ser criativos e divertimo-nos. Tive sorte que fiquei num grupo com pessoas talentosas e divertidas”, frisa Bernardo Valente. “Fizemos um vídeo engraçado e decidimos expandir a Benfica TV para a China porque achámos inovador”, relembra de seguida. Esta componente prática do curso e a aprendizagem que dela resulta dotaram Bernardo Valente de uma nova “maneira de pensar”: “olho para o mundo dos negócios de uma maneira muito diferente agora.
Dias depois da experiência, depois de superada a exigência e o êxtase das duas semanas de aventura, os três alunos são consensuais a recomendar a passagem por esta escola de verão. “É muito importante abrir os seus horizontes e sair do mundo da Engenharia para complementá-la”, declara António Fallah. “Só posso dizer que vir do Técnico ajudou-me neste curso, quer a nível de organização, quer na capacidade de integrar novos conceitos e ainda na autonomia. Nós de facto conseguimos ter impacto também”, argumenta por sua vez Teresa Cardoso, e só por esta autoconfiança, e se não nos tivessem contado tudo o resto, a participação já teria valido a pena.