Campus e Comunidade

Técnico acolhe final das Olimpíadas de Química Júnior

Dezenas de estudantes do 3.º ciclo de escolaridade participaram em prova que aliou conhecimentos teóricos a atividades laboratoriais práticas.

A Torre Sul do campus Alameda do Instituto Superior Técnico fervilha de atividade a um sábado de manhã. Com ligeiro nervosismo, trios de estudantes do 3.º ciclo fazem revisões de última hora, enquanto aguardam a chamada para darem início à prova teórica da final das Olimpíadas de Química Júnior, acolhida a 17 de maio pelo Técnico.

Maria Inês é estudante do 9.º ano em Leiria e confessa-se “feliz e um pouco nervosa”, em antecipação desta última etapa das Olimpíadas. Juntamente com Kevin e Ana Leonor, colegas de equipa, fez uma revisão da matéria após as semifinais, tentando melhorar nas perguntas em que tiveram maiores dificuldades. Os três já conheciam o Técnico, mas é a primeira vez que cá estão.

Seria também uma primeira vez para utilizarem os laboratórios da Escola, uma vez que a final da competição inclui uma componente prática. Já finalizada a prova, e segundo a descrição de Carolina, aluna de 3.º ciclo no Fundão, um exercício colocou os estudantes a analisar a densidade de substâncias diferentes, enquanto que outro desafiou-os a criar precipitados de substâncias como chumbo e iodo. Tudo isto foi feito em várias estações dispostas pelas bancadas laboratoriais da Torre Sul, sob supervisão de estudantes do Técnico, que agiam como monitores da prova.

Para Fátima Amaral, docente do Fundão, esta viagem ao Técnico tem um cunho especial, uma vez que é alumna da Licenciatura em Engenharia Química. Regressar à “boa escola” onde se formou, depois de mais de 30 anos, “é emotivo”. “É bom voltar e ver a evolução”, afirmou, recordando que quando frequentou o Técnico as duas torres do campus Alameda ainda não existiam.

Findas todas as provas e avaliações, os estudantes distribuíram-se por uma sala, aguardando os resultados, que viriam a ser anunciados pelo presidente do Departamento de Engenharia Química, Henrique Matos. Daí a minutos, os “Ornitorrincos da Química” levantavam-se, vitoriosos, prontos a ostentar as medalhas de ouro conquistadas. “Ainda estou em êxtase”, partilhou, incrédulo, Anton, que veio de Aveiro para participar na competição. André, seu colega, “não estava rigorosamente nada à espera” do resultado e Luís disse-se “bastante feliz” com a conquista.

Os três colegas querem seguir o ramo da ciência e tecnologia no ensino secundário. Quem sabe se, um dia, estes e outros estudantes que participaram nestas Olimpíadas não regressarão a estes laboratórios, dessa vez como futuros engenheiros químicos.