O Instituto Superior Técnico voltou a abrir portas a vários projetos de estudantes do ensino secundário por ocasião do ‘Prémio FAQtos’. A cerimónia final, que decorreu no dia 5 de julho, reuniu ideias relacionadas com o tema “Explora as Radiofrequências”, todas elas concretizadas em projetos de formato livre. A edição deste ano contou com 36 equipas, envolvendo um total de 137 estudantes, 32 professores orientadores e 29 escolas diferentes.
Nas palavras de Luís M. Correia, professor do Técnico e coordenador do projeto, “este concurso tem servido como uma motivação para os alunos se dedicarem a atividades extracurriculares, envolvendo também as suas comunidades locais”. Para além de destacar a qualidade dos projetos que todos os anos são submetidos a concurso, o docente sublinha o papel que o Técnico tem ao apoiar estas iniciativas – “sendo uma escola de referência, é claro que o seu envolvimento serve para motivar e atrair os alunos para concorrer ao Prémio.”
A equipa vencedora da competição, Sky Watchers, pertence à Escola Básica e Secundária de Penacova, Coimbra, e os estudantes apresentaram o projeto “Drone Telecomandado”. O trabalho consistiu no desenvolvimento de um drone pensado para auxiliar na vigilância e prevenção de incêndios florestais em regiões rurais, frequentemente afetadas por este tipo de situação. Este veículo pode operar através de comunicação por radiofrequência, permitindo o controlo remoto à distância. Com duas câmaras incluídas (uma térmica e outra convencional) o drone identifica focos de calor e monitoriza visualmente grandes áreas de floresta em tempo real.
O segundo lugar coube à equipa EPSWater, da Escola Profissional de Salvaterra de Magos, Santarém. Os alunos desenvolveram uma embarcação de superfície, autónoma e sustentável, o “EPSWater”, que integra os sensores necessários à obtenção de medições precisas de pH, temperatura, turbidez, salinidade da água e condutividade. O projeto tem como objetivo contribuir para a preservação da qualidade da água dos rios, com a recolha de dados in loco. O sistema conta com uma comunicação móvel via GPRS ou através da tecnologia LoRaWAN entre o utilizador e a embarcação.
O terceiro lugar foi atribuído à equipa RFExplorers, da DIDÁXIS – Cooperativa de Ensino de Vila Nova de Famalicão, Braga. Com o projeto “WS on the Air”, os estudantes exploraram o funcionamento, utilidade e segurança das radiofrequências através da criação de uma estação meteorológica autónoma, capaz de recolher e transmitir dados ambientais em tempo real. Para isso, conceberam um sistema baseado em sensores ambientais, um microcontrolador Arduíno e módulos de transmissão de dados via Wi-Fi.
As três equipas foram premiadas com montantes de 500, 1000 e 1500 euros.
O projeto ‘FAQtos’ tem como objetivo disponibilizar publicamente informação relevante sobre radiação eletromagnética em comunicações móveis, nomeadamente conceitos relacionados com ondas eletromagnéticas e limites de exposição, entre outros aspetos.
A equipa vencedora da competição do ano passado, proveniente de Vilela, na região de Paredes, criou o kit “Elder Tech”, que consiste num conjunto de módulos compostos por sensores que incluem detetores de queda, sensores de gases, temperatura e chuva, iluminação e ar condicionado automáticos, entre outros.
Já em 2023, os vencedores eram oriundos da Escola Secundária Francisco Franco, da Madeira, e desenvolveu os “Nefertiti”, dispositivos em forma de colar (podendo ser usados ao pescoço como acessório de roupa) que procedem à monitorização dos sinais vitais, detetando e sinalizando estados de ansiedade para que o utilizador possa proceder a rotinas de relaxamento.