A quinta edição da Conferência de Engenharia e Arquitetura Naval, que se realizou no dia 1 e 2 de março, apresentou algumas alterações à sua génese que se refletiram quer na adesão, quer no ambiente da mesma. O Salão Nobre, que desta vez serviu de palco à conferência, não encheu mas as palestras e os painéis foram sempre acompanhados com muita animação e interesse.
Apesar de não ser o cartaz inicialmente planeado, como partilha Ana Costa, presidente do Núcleo de Engenharia Naval (NAEN), do mesmo constavam representantes de conceituadas instituições como a GALP, a Administração do Porto de Sines e do Algarve e o Centro para a Excelência e Inovação da Indústria Automóvel (CEiiA). “No caso da Galp por exemplo, foram eles que nos procuraram, que mostraram interesse em participar na nossa conferência”, partilha Ana Costa.
Uma das apresentações mais esperadas era a de Rodrigo Rato da Volvo Ocean Race. O orador, que começou por assumir o quão fascinante era para ele “estar a falar para uma audiência tão jovem e tão diferente da habitual”, veio ao Técnico falar sobre a parceria que a mais antiga e conhecida regata em torno do mundo tem construído nos últimos anos com Lisboa. Explicando os mais diversos motivos pelas quais a capital portuguesa “é um ponto estratégico” para a organização do evento, realçou o interesse em fazer parcerias com instituições lusas e de ter cada vez mais portugueses na equipa, deixando a porta aberta aos alunos presentes. “Nós queremos e precisamos fazer parcerias com universidades portuguesas, é uma das nossas prioridades de ação”, vincou.
Além das palestras, os participantes inscritos tiveram a oportunidade de integrar os workshops de Rhino, que ocuparam as manhãs do evento. Por sua vez, a encerrar os dois dias do evento a organização introduziu o formato dos painéis. Também pela primeira vez e em modo surpresa, a V Conferência de Engenharia e Arquitetura Naval contou com as bancas do grupo ETE e da Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marinhos (DGRM). “Acho que o balanço é muito positivo, nós demos o nosso melhor, e os alunos que vieram ficaram visivelmente satisfeitos”, realça a presidente do NAEN.