Damian Schofield veio ao Instituto Superior Técnico, esta terça-feira, 20 de junho, para mostrar como as tecnologias usadas em jogos de computador podem ser aplicadas nas mais diferenciadas áreas, revelando-se, por exemplo, ótimas aliadas no ensino ou em investigações criminais. Perante uma assembleia curiosa, o Director of Human Computer Interaction da Universidade Estatal de Nova York partilhou em linhas gerais o percurso que tem trilhado desde que se deixou “fascinar” pela área.
Perante uma “cultura de imediatismo” e “cada vez mais visual”, Damian Schofield não se coibiu de destacar o papel que as reconstruções virtuais têm vindo a adquirir. “As imagens com movimento cativam muito mais as pessoas”, afirmou. De modo simples, e com algum humor à mistura, o orador explicou como é que estas tecnologias teletransportadas dos jogos de computador vêm satisfazer necessidades de diversas áreas. Cada uma das aplicações vinha reforçada com um exemplo de projetos em que esteve ou ainda está envolvido.
O ensino, a investigação criminal, o treino e avaliação industrial ou ainda a reconstrução facial são apenas alguns dos âmbitos onde o investigador norte americano mostrou a preponderância da tecnologia gráfica tridimensional. “O sofisticado nível de realismo, o elevado nível de detalhe, ajustado a um público moderno com altos níveis de alfabetização gráfica”, foram evidenciados pelo investigador como os principais benefícios destas tecnologias. Em jeito de conclusão Damian Schofield vincou a ideia de que estas aplicações são apenas o reflexo de um facto percetível: “se repararmos bem os jogos estão incutidos em todos os aspetos do nosso dia a dia”.