Decorreu esta semana no Departamento de Física (DF) um colóquio com a presença da professora convidada Lisa Kaltenegger, fundadora e diretora do Instituto Carl Sagan e professora de Astronomia na Universidade de Cornell, EUA.
Com uma longa carreira na área de investigação sobre a exploração de novos mundos que orbitam outras estrelas, o título do colóquio, “Searching for Habitable Worlds: Challenges & Opportunities”, encheu o anfiteatro PA1 do Pavilhão de matemática.
A especialista e líder mundial em modelagem de mundos potencialmente habitáveis, que vai estar no Técnico por um período de 4 semanas, começou por explicar que o objetivo do colóquio é falar sobre “onde estamos na nossa investigação sobre planetas que podem potencialmente ser como o nosso.”
A então membro da equipa científica da Missão TESS na Nasa, começou por falar do papel fundamental dos telescópios naquela que é a impressão digital espectral detetável, o que permite classificar se estamos na presença de planetas rochosos e super-Terras e identificar a sua atmosfera na zona habitável.
Lisa Kaltenegger indicou que esta área científica se tem destacado nos últimos anos e fez menção a “quando em 1995 a descoberta do primeiro planeta orbitando à volta de outra estrela, semelhante ao Sol, foi a grande novidade”, pois foi algo que as pessoas não acreditaram ser possível durante anos.
Rapidamente, a sala foi-se enchendo de entusiasmo à medida que era explicada a forma mais eficaz de deteção dos planetas, através da análise por método de trânsito (em que se analisa o escurecimento periódico na estrela hospedeira) e a velocidade radial (medindo o movimento em torno do centro da massa do sistema), bem como a medição da própria massa do planeta e a distância a que se encontra de uma estrela, para detetar qual a massa real.
Assim, a distinção entre os planetas considerados rochosos dos considerados gasosos variam em função da massa e do raio, o que permite explorar a sua composição e explorar as inúmeras possibilidades.
O evento e o conhecimento da oradora permitiram uma maior aproximação dos alunos àquelas que são as novas oportunidades de exploração no espaço.