Conhecer os projetos de investigação, perceber os rostos que estão por detrás dos mesmos e identificar possíveis colaborações tornou-se mais fácil com a 1.ª edição dos CQE Days – 2019 Spring Meeting. Durante dois dias, 30 e 31 de maio, o icónico espaço da Academia de Ciências de Lisboa acolheu o encontro onde participaram mais de 250 investigadores do Centro de Química Estrutural (CQE), cujo programa conjugou várias apresentações diretamente relacionadas com as linhas de investigação desta unidade de investigação.
Na tarde do dia 31 de maio quase todas as cadeiras do Salão Nobre da Academia das Ciências de Lisboa estavam repletas. O cenário histórico que servia de pano às apresentações contrastava na perfeição com o carácter inovar e disruptivo das apresentações que se faziam ouvir. A cativar as atenções com a sua apresentação em torno da corelação entre a energia e o crescimento económico estava o docente do Técnico e investigador do MARETEC – Centro de Ciências e Engenharia do Ambiente e do Mar, o professor Tiago Domingos, um dos investigadores convidados para uma das palestras. “Para estas lectures principais que antecedem as várias apresentações convidamos investigadores portugueses de fora do CQE para darmos uma visão mais abrangente do tipo de investigação que se faz em cada área, e também para dar a conhecer o tipo de equipamentos que estão ao dispor em outros centros, um bocadinho espalhados pelo país”, explicava o professor José Nuno Lopes, coordenador da unidade de investigação.
Depois da apresentação principal do professor Tiago Domingos, e das várias perguntas que vieram na sequência da sua interessante abordagem à temática, sucederam-se as apresentações dos vários grupos de investigação, misturando-se temáticas, mas sem se desagrupar empenho e talento. “O objetivo principal deste evento é promover a cooperação entre os vários investigadores que pertencem ao centro de investigação”, destaca o coordenador da unidade de investigação. “O CQE tem crescido tanto nos últimos anos, e por isso é importante que os vários investigadores dos vários grupos saibam o que se anda a fazer e que se estabeleçam pontes de cooperação”, salienta, ainda, o professor José Nuno Lopes.
A exímia organização do evento, e todas as atividades em que o mesmo se desdobrou ficaram a cargo dos investigadores mais jovens da unidade de investigação. “Quisemos que estes dias fossem organizados pelos nossos investigadores mais jovens que são alunos de pós-doutoramento e alunos de doutoramento. E o resultado quer da organização, quer da adesão registada foi fenomenal”, assinala o coordenador da unidade de investigação. A afirmação do professor José Nuno Lopes ganha ainda mais sentido quando se fala em números: “o número total de colaboradores do CQE deve rondar os 380, e ao longo dos 2 dias eu diria que devem ter estado presentes neste evento mais de 250 investigadores”.
Além das apresentações que expunham vários projetos e algumas das conclusões já alcançadas, os vários coffee breaks que as intercalavam conduziam a um icónico espaço da Academia das Ciências onde inúmeros posters estavam afixados. A curiosidade em torno do trabalho despoletava uma troca de ideias, desenvolvendo-se depois longas e interessantes conversas que são o primeiro passo da almejada colaboração.
O sucesso desta 1.ª edição não é a causa do encontro do próximo inverno, uma vez que o mesmo já estava a ser planeado, tendo como intuito a apresentação de novos projetos de investigação que resultem deste Spring Meeting. Através de um pitch irão ser apurados os projetos que serão simbolicamente apoiados pela unidade de investigação. “O CQE quer ser o maior centro de investigação em química do país, e com certeza da Universidade de Lisboa”, afirma o professor José Nuno Lopes, explicando que estes encontros se assumem como uma etapa importante nesse caminho.