Rafael Amoedo, antigo aluno e investigador no Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA) do Instituto Superior Técnico, e a sua equipa da start-up Emissium conquistaram o START Summit Award, uma competição anual de pitching organizada pela START Global, uma iniciativa europeia liderada por estudantes que promove o empreendedorismo. O evento, realizado entre 20 e 21 de março em St. Gallen, Suíça, reuniu mais de 7000 participantes, entre empresas, organizações internacionais, universidades, centros de investigação e investidores, com foco especial na inovação tecnológica e no desenvolvimento de novos negócios.
A Emissium, uma start-up de cleantech focada na otimização do consumo energético, recebeu um prémio de 500 mil euros, destinado a investir e acelerar o crescimento do negócio. Focada no desenvolvimento de tecnologias que promovem a eficiência energética e a sustentabilidade, a empresa fornece soluções que disponibilizam dados elétricos de alta resolução, permitindo às empresas tomar decisões mais inteligentes, económicas e sustentáveis na gestão da energia.
Para Rafael Amoedo, a comunicação clara foi um fator decisivo para a vitória na competição: “Provavelmente, o que nos fez ganhar foi a capacidade de transformar um tema relativamente complexo, como é o domínio da eletricidade, numa mensagem simples para as empresas e para a audiência.”
Sobre a ligação ao Técnico, destaca a importância da formação académica e da experiência adquirida na instituição: “O Técnico sempre foi a minha casa. Foi aqui que me formei como engenheiro e que desenvolvi a capacidade de pensar e de fazer”. O seu percurso inclui investigação no CERENA, com aplicação do conhecimento científico ao setor energético.
Para os atuais estudantes que ambicionam criar a sua própria start-up, Rafael reforça a importância do conhecimento sólido: “Sejam bons no que fazem, que se empenhem em conhecer a vossa área de estudo como ninguém. Esse é um ativo incrível que ninguém vos pode tirar e que vai valer cada vez mais”, partilha.
Entre os próximos desafios da start-up estão a internacionalização, com a entrada em mercados como os EUA, América do Sul e a região do Golfo, bem como o desenvolvimento de soluções tecnológicas para setores como a mobilidade elétrica, a gestão de data centers e a indústria.