Na passada segunda-feira, 14 de maio, o Técnico recebeu o professor Horst Simon, vice-diretor do Lawrence Berkeley National Laboratory da Universidade da Califórnia, no âmbito do programa American Corners, uma parceria que une o Técnico e a Embaixada dos E.U.A em Portugal, e que tem trazido à Escola inúmeros e conceituados especialistas das mais variadas áreas.
Foi numa linguagem muito simples tentando chegar aos mais experientes na área e aos que menos a dominam que o docente da Universidade da Califórnia conduziu a sua palestra. A temática bastante atual e as viagens entre o presente e o futuro dos supercomputadores, as expectativas e os receios que se têm criado em torno dos mesmos iam sendo exploradas de forma muito realista e cativando a audiência.
Analisando o progresso no desempenho do supercomputador, e simultaneamente dissecando a lacuna entre a tecnologia atual e as capacidades do cérebro humano, o especialista ia afirmando que apesar dos “bons progressos, do cada vez mais elevado desempenho da computação, e da evolução das técnicas de aprendizagem da máquina, essa lacuna ainda é considerável”.
Mostrando como a Microeletrónica está em toda a parte, realçando a crescente importância e influência da Internet das Coisas, abordando os desafios que esperam as tecnologias nomeadamente no provimento de eletricidade, e ainda destacando a ausência da computação de alto desempenho (HPC) e dos supercomputadores da discussão pública o especialista ia intercalando números e algumas previsões com exemplos bem práticos. Para a pergunta que todos fazem hoje em dia, se “a computação de alto desempenho e a inteligência artificial serão algumas vez capazes de superar a inteligência humana?”, o vice-diretor do Lawrence Berkeley National Laboratory tinha duas respostas: “sim, os computadores são realmente superinteligentes hoje em dia; e não o computador não alcançará os níveis de consciência humana, até que tenhamos aprendido o que isso é”, frisou.