SMOCK: criar modelos do risco de infecção tendo em conta as variáveis espaço e tempo
Sobre o Projecto
O projeto “SMOCK – Spatial Modelling for mapping COVID-19 risk” pretende reduzir a incerteza do modelo de risco de infeção desenvolvido pelo CERENA – Centro de Recursos Naturais e Ambiente / Técnico e disponibilizar estes modelos como instrumentos que ajudem os decisores políticos a gerir o risco de uma forma mais rápida e eficaz em situações de epidemia.
A informação a disponibilizar neste projeto estará centrada nos mapas de risco COVID-19 com elevada resolução espacial para o território continental português, a desenvolver no âmbito de um modelo de modelação geoestatística. Esses algoritmos serão também usados para fornecer uma medida de incerteza espacial associada aos riscos previstos para apoiar a tomada de decisões (por exemplo, para definir bloqueios locais).
O projeto utilizará dados relativos ao número de testes positivos para o COVID-19 fornecidos pela Direcção Geral da Saúde, mas também outras informações auxiliares, como mobilidade, fatores sociodemográficos e econômicos, melhorando não apenas a precisão dos riscos previstos, mas também reduzindo sua incerteza espacial.
O projeto demonstrará os benefícios do uso de modelos geoestatísticos para avaliar a eficácia das medidas para prevenir a propagação do vírus durante todas as fases da pandemia, para equilibrar a demanda e o fornecimento de recursos médicos necessários para controlar a doença e aprender lições antes de qualquer segundo ou terceira onda epidêmica, durante o desenvolvimento de uma vacina.
A equipa de investigação do CERENA tem analisado a evolução dos padrões espácio-temporais do risco ao longo das várias fases da pandemia com base no histórico dos mapas. Para isso, tem-se servido da informação adicional relativa à mobilidade inter-concelho das populações, mas também de outras variáveis como a faixa etária ou testando modelos para unidades geográficas menores nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Os investigadores começaram também a modelar no espaço outras variáveis como a incidência e prevalência.
O projeto é liderado pela professora Maria João Pereira (CERENA) e foi um 55 aprovados na 2.ª edição da iniciativa “RESEARCH 4 COVID-19”, com um financiamento de 38,000 euros. À equipa do CERENA que desenhou o modelo que está na génese deste mapa, juntam-se agora no projeto SMOCK cientistas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), do Interactive Technologies Institute (ITI/LARSys) e do Centro de Estudos de Gestão do IST (CEG-IST). Reúne uma equipe multidisciplinar de especialistas em ciências de dados geoespaciais, epidemiologia, saúde pública, ciências da computação e ciências da decisão em saúde.
Na base do projeto SMOCK, está um modelo de avaliação de risco desenvolvido por um grupo de investigadores do Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA). O modelo deu origem a um mapa de risco interativo desenvolvido em parceria com o Jornal Público.
Localização
Lisboa
Entidades
- Instituto Superior Técnico
- CERENA – Centro de Recursos Naturais e Ambiente
- Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA)
- Interactive Technologies Institute (ITI/LARSys)
- Centro de Estudos de Gestão do IST (CEG-IST)
Palavras-chave
- Modelos de risco
- Mapas de risco
- Modelação geoestatística
- Decisão política