No BreakingDev o objetivo é claro: inovar sem deixar a diversão de lado. No passado fim de semana, naquela que foi a 4.ª edição desta hackathon universitária, o espírito manteve-se, e a competição ainda nem tinha começado e Tomás Jacob, um dos responsáveis pela organização e membro do Núcleo de Estudantes de Engenharia de Telecomunicações e Informática do Técnico (NEETI- IST), já fazia questão de o lembrar. “A nossa ideia é que os participantes tenham um espaço onde possam desenvolver o projeto que quiserem e não tenham de se preocupar com mais nada, que apesar disto ser uma competição, as pessoas se divirtam”, frisava o elemento da organização.
Nas duas horas que antecederam o início da competição, ultimaram-se pormenores de organização e garantiu-se que estava tudo no local certo para arrancar com o vigor necessário. Do lado dos participantes, reviam-se estratégias, alinhavam-se ideias, afinava-se a criatividade, e havia até quem não se esquecesse de montar a tenda para contra-atacar o cansaço quando necessário. Esperavam-se horas duras, mas repletas de aprendizagem, desafios e muita adrenalina. Depois de se olhar para o relógio, percebia-se que ainda havia tempo para visitar a pequena feira de empresas – patrocinadoras do BreakingDev – presente no átrio do Taguspark e a que todos os alunos do campus puderam aceder.
Este ano, e de forma a incentivar a participação de alunos que não tivessem uma ideia para desenvolver, a organização criou um banco de ideias onde foi possível encontrar problemas de várias ordens à procura de solução ou apenas inspiração para alinhar a ideia que já existia. Esta foi, aliás, uma das muitas apostas que a equipa fez para esta edição. “Além disso investimos imenso na divulgação e julgo que isso se reflete no número de participantes e no facto de serem de várias universidades”, sublinha o elemento da organização.
Depois de um singelo momento de abertura, a contagem decrescente dava a ordem para colocar mãos à obra, orientados pelo improviso e pela vontade de solucionar problemas. A competição só terminaria muitas gotas de esforço depois. “Por norma há equipas que gostam de refinar as ideias na primeira hora e depois começam a desenvolver. Não há etapas, cada grupo gere o tempo como pode”, contextualizava Tomás Jacob. Pelo meio a organização faz dois checkpoints para controlar se efetivamente o projeto está a ser feito durante a competição, não deixando margem a qualquer logro.
Ao longo das 48 horas que se seguiram os 30 participantes, repartidos pelas 7 equipas em competição, puderam desenvolver um projeto com total liberdade, inserido numa de duas categorias principais (Web ou Jogos). Além disso, existiam ainda outros prémios para distinguir caraterísticas essenciais e disruptivas dos projetos como o design ou o caráter inovador.
No final do desafio, e já com as horas de sono repostas, Tomás Jacob fez o devido balanço: “o fim de semana correu de feição, as equipas partilharam experiência e trocaram ideias e no final estavam, em geral, satisfeitas com o resultado e com o evento”.
A equipa “Saucy Goats” que desenvolveu um dispositivo que ajuda o utilizador a manter o seu ritmo cardíaco num certo intervalo, venceu na categoria “Web”. Na categoria “Jogos” distinguiu-se a equipa do “Four Horseman”, que criou um Top Down Shooter, com uma inspiração apocalíptica, onde o jogador combate pelo seu caminho vagas de inimigos, zombies e robots. Nos desafios adicionais destacaram-se as equipas: Megazord (A+ Challenge), Saucy Goats ( Impact Challenge), Budapest Team (Innovation Award e Crowd Award:), e Four Horseman ( Picasso Award).