Campus e Comunidade

A exigência que atrai talento

O primeiro dia da semana de acolhimento foi dedicado a receber os alunos dos cursos de Engenharia Aeroespacial, Engenharia Física e Tecnológica, Matemática Aplicada e Computação e Engenharia Biomédica do Técnico.

Depois de meses de trabalho árduo, da exigência dos exames nacionais, e de algumas semanas de suspense, a boa-nova chegou por mensagem e marcava encontro para esta segunda-feira,9 de setembro, com os novos alunos dos cursos de Engenharia Aeroespacial, Engenharia Física e Tecnológica, Matemática Aplicada e Computação e Engenharia Biomédica do Técnico. Além de oficializar a matrícula, os novos alunos tiveram oportunidade de recolher muita informação, conhecer a escola, contactar com alguns dos novos docentes e colegas e acima de tudo começar a testar expectativas.

“Ufa entrei!” é uma expressão frequente que se não se ouve pelos corredores do Técnico, se lê constantemente nas expressões de vitória e alívio que os novos estudantes não conseguem nem querem esconder. Os comprovativos de matrícula, os folhetos com os horários, as antevisões das rotinas fornecidas pelos colegas mais velhos, e o reconhecimento dos cantos da nova casa ajudam a tornar a realidade mais palpável. Nos poucos momentos em que a agitação do primeiro dia o permite, os novos alunos aproveitam para partilhar as motivações por detrás da escolha do Técnico, enumerando a ordem das opções da sua candidatura, e trocando ideias sobre o que os espera.

Ouvir Inês Moreira falar do Técnico é delicioso, e não é preciso questionar muito para perceber a assertividade com que fez esta escolha e o êxtase de felicidade que a entrada no Técnico lhe tem causado nas últimas horas. “Cresci a ouvir falar do Técnico. Toda a família estudou cá: avós, pais e tios. Isso fez com que ganhasse um carinho especial por este sítio”, começa por explicar. As histórias que ouvira fizeram-na ter vontade de saber mais, envolvendo-se para tal em várias atividades do Técnico.  O interessa pela área de Física já existia há algum tempo e depois “de conhecer a excelência que a Física Tecnológica do Instituto Superior Técnico tem, começou tudo a ter o seu sentido”, recorda a nova aluna do Técnico. “Tendo em conta que o meu objetivo futuro é trabalhar em física experimental no CERN, acho que não há sítio melhor para me formar do que o Técnico”, sublinha, com toda a convicção.  Por tudo isto quando soube que conseguiu entrar – ainda que poucas dúvidas restassem dada a média de 19,7 com que se candidatou ao ensino superio r- Inês não cabia em si de contentamento. “Foi mesmo a concretização de um sonho”, confessa.  Não espera facilidades, aliás não foi isso que lhe prometeram e nem foi com esse intuito que veio. “Prometeram-me um curso rigoroso e estou a contar com isso, mas conto conhecer pessoas que tenham a mesma paixão por Física e que com esse espírito de entreajuda consigamos fazer isto”, reitera a nova aluna de Engenharia Física Tecnológica.

A tarde dos novos alunos começou com uma sessão de boas-vindas onde tiveram oportunidade de conhecer alguns serviços e órgãos do Técnico essenciais para os apoiar nestes primeiros tempos.  O presidente do Técnico, professor Arlindo Oliveira, abriu o evento transmitindo as suas felicitações e alguns conselhos e sublinhando que a exigência do ensino do Técnico se traduz numa preparação de excelência dos alunos.  “Durante estes anos vão estudar coisas que vos interessam, matérias que vão gostar de aprender e contribuir para o desenvolvimento da humanidade”, afirmou o professor Arlindo Oliveira, dando posteriormente alguns exemplos dos desafios que se impõem aos futuros engenheiros.  Por fim, o presidente do Técnico declarava que o sucesso do Técnico se deve em grande parte “à qualidade dos alunos que tem conseguido atrair que se tornam em graduados que projetam para toda a sociedade a qualidade do ensino que fazemos aqui e das pessoas que existem na escola”.

Um dos conselhos do professor Arlindo Oliveira não será esquecido por Miguel Mendes, novo aluno de Matemática Aplicada e Computação. “O presidente do Técnico disse que poderá haver alturas em que podermos estar abaixo da média, mas para não desistirmos. Acho que essa ideia é importante porque de facto estávamos habituados a ser os melhores e é importante percebermos que o nível de dificuldade agora aumentou e não desanimarmos”, recorda o aluno. A 1.ª opção de Miguel Mendes foi Engenharia Física Tecnológica, mas acabou por entrar na sua 2.ª escolha. Nada que o deixe triste ou menos motivado. “Gosto igualmente dos dois cursos, e fico feliz por ter conseguido entrar no Técnico”, assegura. “O meu pai estudou no Técnico, sempre ouvi falar desta instituição desde pequeno e sei que tem um ensino de excelência”, refere o novo aluno. “Sei onde me vim meter, mas também sei que é essa exigência e qualidade de ensino que quero para mim”, adiciona Miguel Mendes.