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A inovação na indústria extrativa em foco em mais uma edição das Jornadas de Santa Bárbara

Através de um painel de convidados diversos, o programa das jornadas permitiu aproximar os alunos do mercado e também mostrar que esta é uma área preparada para o futuro.

As Jornadas de Santa Bárbara abrem, ano após ano com chave de ouro, as Técnico Career Weeks. Este ano, o Núcleo de Minas do Instituto Superior Técnico (NUMIST), não quis frustrar expetativas e por isso mesmo preparou um programa repleto de inovação, que congregou a vontade de aproximação ao mercado com algumas das temáticas que mais interessam aos alunos da área. Esta quarta-feira, 4 de dezembro, voltou a ser o dia escolhido para a realização do evento não fosse este também um dos grandes objetivos das jornadas: comemorar o dia da padroeira que lhes empresta o nome.

O presidente do Técnico, professor Arlindo Oliveira, fez questão de marcar presença no evento, agradecendo à organização o empenho que colocam na organização das jornadas “tão importantes para complementar a formação que recebem no Técnico”. Lembrando a tradição da Engenharia de Minas no Técnico e a “grande importância histórica técnica”, o professor Arlindo Oliveira partilhava que acredita que esta área ganhe “uma importância renovada face às novas preocupações que existem com o ambiente e a exploração de recursos”. Tecendo vários elogios ao programa que traduz exatamente essa inovação na área, o presidente do Técnico sublinhava que a formação nesta área continua a ser muito apetecida pelo mercado, mas que mais importante do que isso é a paixão que reconhece nos alunos que a estudam. “Há um prazer e um gosto científico em perceber como é que estas questões se estudam, como é que se exploram os recursos”, disse. Por fim, incitou os alunos a absorverem o máximo de conhecimento dos painéis que se seguiriam. “Aprendam como inovar numa engenharia com uma história tão profunda, mas com um futuro brilhante pela frente”, instigou o presidente do Técnico.

O tom coloquial e a experiência que detêm na área da indústria extrativa- e partilhou deforma entusiástica- fariam da palestra da engenheira Diana Carvalho, da FILSTONE, uma das mais cativantes do programa. A inovação e a necessidade de a perseguir sempre em qualquer empresa foram as ideias chave da apresentação que deu a conhecer a empresa, as chaves do sucesso e as boas práticas essenciais no caminho do êxito. “As pessoas são a alma do negócio”, começava por reiterar a engenheira, desmistificando de seguida a ideia de que há poucas mulheres a trabalhar na indústria extrativa, ou mostrando através dos números da empresa que esta é uma área com muita mão de obra qualificada e que aposta em atrair cada vez mais jovens. “A FILSTONE que tem um aproveitamento de 90%, o que comparativamente à média do sector é imenso. Isto acontece porque o nosso desperdício é mínimo. Aproveitámos ao máximo tudo o que extraímos”, explicava a engenheira.  A oradora partilharia depois algumas das inovações da empresa, nomeadamente o desenvolvimento de um software que permite gerir  em tempo real a produção, o registo dos colaboradores, os consumos internos, etc. “A criatividade é pensar coisas novas, a inovação é fazer coisas novas”, vincava por fim, convidando os alunos do Técnico a visitar a sua empresa.

Tal como Joana Pernes, presidente do NUMIST, nos explicaria mais tarde o tema central desta 14.ª edição das Jornadas de Santa Bárbara é a “indústria extrativa na atualidade”. “Tentámos e conseguimos trazer empresas variadas e quisemos também incluir no programa um debate sobre a extração de lítio em Portugal porque é um tema atualmente muito polémico e relacionado com a nossa área”, reiterou a aluna. Outros oradores e novas abordagens viriam a palco ao longo da tarde, mas foi exatamente com o debate acerca da exploração de Lítio e Portugal que o evento terminou, registando o mesmo uma ótima adesão e resultando numa troca de ideias muito proveitosa.