Esta quarta-feira realizou-se mais uma atribuição de quatro bolsas de estudo e seis renovações no âmbito do Programa de Bolsas de Estudo do Fundo do Engenheiro Augusto Ramalho-Rosa. A cerimónia de atribuição teve lugar no Museu de Engenharia Civil e contou com a presença dos estudantes selecionados para a atribuição da bolsa e dos representantes do fundo, para quem – asseguram – “é um privilégio permitir proporcionar uma ajuda flexível”, articulada com o Núcleo de Desenvolvimento Académico do Técnico (NDA).
O objetivo deste fundo é implementar um programa de bolsas de estudo a alunos de mérito do Técnico, com insuficiência de meios económicos, que os impeça de dar continuidade aos seus estudos. Os estudantes do Técnico a quem são atribuídas estas bolsas são, também, incentivados a fazerem 30 horas semanais de voluntariado, como forma de contribuição à comunidade e à sociedade, no geral.
Receberam a bolsa do Fundo do Engenheiro Augusto Ramalho-Rosa os alunos Cíntia Gomes, Edgar Sousa, Lucas Nabais, Margarida Silva, Renato Neves, Rúben Batista, Tomás Moucho, Tomás Oliveira, Vítor Valverde e Xavier Ferreira.
O evento contou ainda com a presença do professor Alexandre Francisco, vice-presidente para os Assuntos Académicos em representação do Técnico, para quem é importante a existência da atribuição de bolsas por parte dos mecenas aos alunos, “primeiro porque alguns deles têm necessidades financeiras, que não conseguem cobrir as propinas ou os gastos deles de deslocação para a cidade de Lisboa, quer também pelo reconhecimento do próprio mérito académico deles”, refere.
Os alunos dos mais diversos anos não se privaram de agradecer, quer pela ajuda para colmatar as despesas de deslocação e alojamento, bem como pelo facto de ser uma ajuda para as famílias mais numerosas em que existe mais do que um elemento do agregado familiar a tirar um curso superior. Ajudar no foco ou permitir a possibilidade de ter uma experiência similar à de outros colegas e poderem dedicar-se mais ao curso, foram outras das vantagens apontadas pelos alunos.
Mas, mais do que isso, ser um apoio que permita “ajudar naquilo que seja, de facto, fundamental para os alunos. Seja alojamento, transporte, computadores, o que for necessário. O valor base é mensal e depois gere-se de acordo com as necessidades do aluno”, revela a doutora Rita Schreck, uma das representantes da família do engenheiro Ramalho-Rosa, que ficou visivelmente emocionada.
Outro membro da família, João Manso, seguiu os passos do engenheiro Ramalho-Rosa e também se formou em Engenharia Civil. “Tinha grande curiosidade para saber a diferença que existia entre o Técnico que existia e o Técnico que eu conheci, e que ainda conheço agora”, salientou. Já Mariana Schreck, a neta do Engenheiro Augusto Ramalho-Rosa, refere que é um privilégio ajudar “principalmente em nome do avô.”
Por sua vez, o professor João Abreu, em representação da comissão executiva do Departamento de Engenharia Civil, Arquitetura e Georrecursos (DECivil) fez questão de agradecer aos mecenas e desejou sucesso académico aos alunos. O professor José Neves, coordenador Pedagógico da Licenciatura em Engenharia Civil (LEC) e do Mestrado em Engenharia Civil (MEC) sublinhou que “vale a pena lutar por um sonho” e pediu aos alunos que assumissem o compromisso de concluírem o seu curso com sucesso.
Para mais informações sobre bolsas de estudo, condições e elegibilidade, os alunos podem consultar a página do NDA referente a bolsas de estudo.