O Museu Alfredo Bensaúde abriu portas, nos dias 31 de março e 1 de abril, a todos quantos quiseram visitá-lo, no âmbito do concurso de fotografia: olhares sobre o “gabinete de mineralogia”. Com equipamento mais ou menos sofisticado, os participantes começaram a chegar logo ao início da manhã de sexta-feira. Para “capturar a essência do museu”, Inês Ruivo, estudante do 4.º ano do curso de Engenharia de Minas e Recursos Energéticos, muniu-se de capacetes, holofotes, uma maquete e fez de colegas figurantes. A Roberto Miele bastou-lhe a máquina fotográfica e o tripé. Doutorando em Engenharia de Petróleos, Miele escolheu uma mica, “pelo jogo de cores entre as lâminas dos minerais” e um mineral de quartzo e estibina dado “o contraste entre os dois”. Já Patrícia Lourenço, docente do departamento de Engenharia Civil e Arquitetura “andava há imenso tempo para ir ao museu” quando viu nas redes sociais o anúncio do concurso. Ainda não tendo visto “o suficiente para perceber” que peça escolher, ia disparando ao ritmo da visita.
Criar memória do espaço com mobiliário desenhado pelo Arquiteto Pardal Monteiro e da coleção que o habita é o objetivo da iniciativa organizada pelo Departamento de Engenharia de Recursos Minerais e Energéticos (DER), em parceria com o Centro de Recursos Naturais e Ambiente (CERENA). A mesma inseriu-se nas atividades da semana de parceiros do Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal.
Originária do Instituto Industrial de Lisboa e do Instituto Industrial e Comercial de Lisboa, a coleção, que antecederam o Instituto Superior Técnico – de objetivo pedagógico –, a sala do Museu é “caraterística das escolas com tradição na área, a nível internacional”, explica Maria João Pereira, presidente do DER. Para lá dos espécimes geológicos e minerais, o espólio dos Museus de Geociências do Técnico (conjunto dos Museus Alfredo Bensaúde e Décio Thadeu) conta também acervo bibliográfico, instrumentos científicos, modelos didáticos, fotografias e uma mapoteca.