O relógio marcava as 10h05, do dia 15 de julho, quando o deslizar das portas da Aula Magna da Universidade de Lisboa (ULisboa) assinalou o início da cerimónia de graduação dos estudantes do Instituto Superior Técnico que concluíram os mestrados e doutoramentos no ano letivo 2021/2022.
Degrau a degrau, um a um, cerca de 150 finalistas foram descendo para receberem os seus diplomas das mãos do Presidente da Escola, Rogério Colaço. Marcava-se “o fim de um capítulo que paradoxalmente parece ter começado ainda ontem e ao mesmo tempo ter durado uma vida”, nas palavras de Francisco Trindade Santos, a quem coube discursar em nome dos recém mestres. Para trás, ficaram os degraus da escadaria da Alves Redol (que dá acesso ao campus Alameda) subidos por todos, tantas vezes, até este dia, que também recordou – “numa jornada que até ao diploma que é tudo menos trivial”.
Todos continuam parte de uma “comunidade iniciada há 112 anos” e partilham um espaço “de memórias e afetos, comum a mais de 100 mil pessoas”, assegurou Rogério Colaço. Do Técnico, continua a ser o Vice-Reitor da ULisboa, Luís Castro, “desde 1983” e que, por isso, sente como suas as “alegrias e esperanças” de todos os que dali partem. Levam consigo “ingredientes seguramente garantirão o maior sucesso no futuro” e ali ouvidos “ousadia, paixão, determinação e resiliência” a que juntou um quinto, “capacidade de trabalho”.
Foram alguns desses ingredientes que Cátia Medeiros da Silva, doutorada em 2022 pelo Técnico, mencionou terem-na levado a concretizar o seu sonho de “ser engenheira”. É, agora, professora auxiliar da Escola que lhe “moldou o carácter” e “proporcionou uma base sólida para enfrentar os desafios da vida real”. Numa “caminhada não apenas definida pelos sucessos, mas também pelas adversidades, ousem sonhar mais alto”, uma vez que “o futuro pertence aqueles que estão dispostos a ir mais além”, aconselhou. Para tal, os estudantes do Técnico contam com “o privilégio de serem guiados por mentes brilhantes” que ensinam “a pensar de forma crítica e inovadora”.
As “atitudes e forma de estar aumentam a sorte”, assegura Ana Dias, presidente da Associação de Antigos Alunos do Instituto Superior Técnico (AAAIST). “Proatividade e dinamismo” e “relações verdadeiras” como a que estabeleceu com o seu mentor, Mariano Gago fazem parte delas. E, quanto a problemas, “ser parte da solução” com “otimismo e entusiasmo”.
A sessão solene, 14.ª organizada pelo Técnico, contou ainda com momentos de fotografias de grupo dos vários grupos de mestres e doutorados, que se alinharam em palco com os coordenadores dos seus cursos e os presidentes dos respetivos departamentos. A entregar Diplomas, para além do Presidente do Técnico e do Vice-Reitor da Universidade de Lisboa, estiveram também o vice-presidente do Técnico para os Assuntos Académicos, Alexandre Francisco, o presidente do Conselho Científico do Técnico, Pedro Brogueira e a presidente do Conselho Pedagógico do Técnico, Teresa Peña.
Depois da atuação da Tuna Mista do Instituto Superior Técnico e antes dos recém-graduados e professores do Técnico esvaziarem o auditório, foi tempo de todos voltarem a ocupar posições nas grandes escadarias atrás do palco e erguerem os seus Diplomas bem alto para a definitiva fotografia coletiva.
Apesar de um espaço de memórias comum, os graduados do Técnico têm diferentes origens, percursos e histórias, descobertas em convívio com colegas e familiares, já após o final da cerimónia, nos corredores de entrada da Aula Magna. António Costa chegou ao “desafio” de um Doutoramento em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, depois de dois mestrados e 18 anos de trabalho e patentes registadas. Segue-se a investigação, por ser “o que gosta de fazer”. A investigação é também a escolha de Rita Serôdio. Concluído um mestrado em química, depois de uma licenciatura fora do Técnico, segue na Escola para um doutoramento que lhe permita continuar a “boa experiência”. Como a que acabava de ficar registada para a posteridade, em fotografia, alguns minutos antes.
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