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E.Awards premeia projeto de estudantes do Técnico que pretende usar a biotecnologia para evitar desperdício de comida

Evento contou com apresentações de seis projetos finalistas. Da inteligência artificial ao serviço do ensino até à sustentabilidade, os projetos de inovação de estudantes do Técnico voltaram ao Técnico Innovation Center powered by Fidelidade.

A inovação e o empreendedorismo dos estudantes do Instituto Superior Técnico conheceram um novo capítulo no final da tarde de 3 de julho, com a realização da sessão final da 7.ª edição do Prémio E.Awards@Tecnico. Seis equipas de estudantes da Escola colocaram os seus projetos à prova do júri, defendendo-os em apresentações de três minutos, com mais cinco de perguntas e repostas. A vitória do prémio apoiado pela Santander Portugal sorriu ao projeto Chroma Food, de Isabela Campos e Laura Silva, estudantes da licenciatura em Engenharia Biológica. A ideia passa pelo uso da biotecnologia e engenharia para preservar e evitar o desperdício de comida: um recipiente para armazenamento de alimentos que recorre à nanotecnologia. A celulose nanofibrilada (CNF) na matriz polimérica, combinada com um composto de microencapsulação, permite incorporar um indicador que muda de cor durante a degradação dos alimentos.

O projeto STARTE, dos estudantes de Engenharia de Materiais, Carolina Carreira (Mestrado), Leonor Martins, Diogo Fernandes e Marta Pimenta (Licenciatura), recebeu uma Menção Honrosa patrocinada pela Armilar. A ideia passa por usar um compósito sustentável a partir do pó de pedra de pedreiras portuguesas para ser usado por designers nacionais.

Já o projeto EduAI, dos estudantes Francisco Nascimento, Luis Lopes, Tomás Santos e Filipe Tendeiro (Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores) recebeu uma Menção Honrosa com o apoio da Accenture. O projeto pretende transformar a educação através da utilização de ferramentas de inteligência artificial.

Foram também finalistas os projetos DISIMA (Dominik-Luis Foster, Kai Tienarend e Bob Klepper, do Mestrado em Engenharia Civil), Elderly Active (José Sempere, Miguel Lourenço, Nuno Baptista, Hugo Rabuge, Francisco Matias e José Baptista, da Licenciatura de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores) e Coffee Loop (Rodrigo Cunha e Margarida Teixeira – Mestrado em Engenharia Mecânica; Joana Delgado – Mestrado em Engenharia e Gestão da Inovação e Empreendedorismo; e João Fernandes – Mestrado em Engenharia Informática e de Computadores).

Para Pedro Amaral, Vice-Presidente do Técnico para a Interface Empresarial, Inovação e Empreendedorismo, este evento demonstra que o Técnico, para além de ser uma Escola de ciência, tecnologia e engenharia, tem também a capacidade de “influenciar a sociedade, a economia e o mercado”. “Ao fazer isto, mostramos o impacto que temos e a inovação que fazemos”, resume. “Os nossos estudantes não vêm cá para ganhar um prémio, mas porque querem experimentar. Vão pisar este palco e fazer um pitch com coisas que pensam e em que acreditam. Vão sonhar e fazer-nos a todos sonhar que é possível fazer um mundo melhor”, resumiu.

O E.Awards@Tecnico contou também com uma exposição com alguns posteres dos projetos não selecionados para o pitch final e que concorriam ao prémio “Best Poster by Accenture”. Os pósteres dos projetos Nanolitho e SandFlower foram os mais votados.

Cecília Rodrigues, Vice-Reitora da Universidade de Lisboa, destacou o “ambiente incrível” do evento, e após fazer algumas perguntas à audiência sobre a dificuldade dos apoios a “ideias que possam mudar o mundo”, defendeu existirem no Técnico “condições para fazer a diferença”. “Temos aqui os inovadores, o espírito empreendedor e ainda os parceiros. O Técnico faz isto muito bem e mostra-nos a todos a forma de o fazer. Temos muito a aprender com o que se faz aqui”, complementou.

Luís Caldas de Oliveira, professor do Técnico e membro do júri, destacou a participação de estudantes de diferentes áreas. “É nisto que o Técnico é bom: pessoas de áreas diferentes e todos eles apresentam trabalhos de qualidade”, defendeu.
Integraram também o júri Pedro Andrade (Santander Portugal), Rodolfo Condessa (Armilar Venture Partners), Paula Fernandes (Accenture Portugal) e Gil Azevedo (StartUp Lisboa).

Na edição deste ano, o melhor projeto arrecadou um prémio no valor de 3500 euros, as duas menções honrosas um prémio de mil euros cada e os melhores pósteres 500 euros.

Ao longo de sete edições, o E.Awards@Tecnico já envolveu mais de 200 estudantes, tendo recebido mais de 100 candidaturas e oferecido cerca de 30 mil euros em prémios.

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