Entrou no Instituto Superior Técnico para frequentar Engenharia Mecânica. No segundo ano, mudou para a Licenciatura em Engenharia Aeroespacial. Agora, frequenta o Mestrado em Engenharia e Gestão Industrial no campus Taguspark. Desde 14 de novembro, dia da tomada de posse, é também o novo presidente da Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico (AEIST).
Pedro Monteiro já experienciou muito daquilo que a vivência académica do Técnico tem para oferecer. Em entrevista, o estudante partilha algumas das suas ambições para o mandato que decorre.
O que o levou a considerar candidatar-se a esta posição?
Pedro Monteiro (PM): Candidatei-me porque, acima de tudo, acho que tenho algo a dar não só à Associação como também ao Técnico. Apresentei uma visão que acrescenta algo de positivo à vida académica e à vivência dos estudantes, não só a nível do Técnico como a nível nacional – a Associação, do ponto de vista histórico, tem uma postura sempre muito interventiva e construtiva nos fóruns nacionais em que participa. Temos a intenção, ao longo deste novo mandato, de proporcionar uma experiência cada vez mais dinâmica, trabalhando as problemáticas que afetam o Ensino Superior neste momento.
E quais são as necessidades mais prementes da comunidade académica?
PM: A Associação tem um âmbito de ação muito variado. Há aspetos que são absolutamente essenciais de resolver, como é o caso do alojamento estudantil, a saúde mental dos estudantes… trabalhamos também ao nível do desporto universitário para promover o bem-estar da comunidade estudantil. Mas a experiência académica também tem muitas outras vertentes, e é por isso que a Associação tem várias áreas de ação, nomeadamente ao nível dos seus serviços aqui na Secção de Folhas, a gestão dos campos desportivos… todos esses âmbitos de atividade proporcionam e tornam mais harmoniosa a experiência académica dos estudantes aqui no Técnico.
Quais as principais bandeiras que a AEIST pretende defender e representar?
PM: Temos três princípios basilares pelos quais nos pautamos. Defender os direitos e interesses dos estudantes é um aspeto essencial de qualquer associação de estudantes e tem de estar na base do nosso trabalho. Depois, uma outra bandeira que defendemos é a comunicação – melhorar a comunicação efetiva com os estudantes. A AEIST tem muitas iniciativas e atividades, tornando-se difícil comunicar de forma efetiva com os estudantes. Uma forma de tentarmos concretizar este objetivo é aproximarmo-nos dos grupos estudantis e das secções autónomas da Associação, porque estes têm uma capacidade mais efetiva de se aproximar. Por fim, queremos continuar a nossa aposta no desporto universitário.
O que é que os estudantes podem esperar deste mandato?
PM: Acima de tudo, podem continuar a contar com espírito crítico e aproximação que a Associação tem tido e que vai continuar a ter junto dos órgãos do Técnico, para que a voz dos estudantes seja ouvida junto destes que são efetivamente os decisores das instituições. Para além dessa vertente de política educativa, a grande diferença que pretendo é revitalizar e restabelecer a ponte entre a AEIST e os estudantes. Obviamente, os estudantes sentem-se representados pela sua associação, não há dúvida nenhuma, mas estas questões de “o que é que a Associação faz?”, “que moções escreveu ao longo do último mês?”, “que posições adotou?”, “o que foi discutido nas reuniões com o Conselho de Gestão ou Pedagógico?”… [Queremos] dar mais a conhecer à comunidade estudantil o trabalho que é desenvolvido ao longo do ano, para os estudantes perceberem que diariamente trabalhamos para defender os seus direitos e interesses.