Mais de setenta quadros de diversas empresas participaram na Escola de Inverno DElix 2019 organizada pelo Técnico, INESC – ID e IDC Portugal. Este programa do Técnico+, que decorreu de 13 a 15 de fevereiro, teve como objetivo trazer pessoas das empresas à universidade para uma atualização de conhecimentos nas áreas de data science e engenharia. Uma iniciativa que funcionou como “um verdadeiro “woodstock” da data science onde se encontram várias pessoas com várias capacidades que partilham conhecimento”, explica José Tribolet, um dos organizadores do evento. Um modelo que deveria aplicar-se a outras áreas do saber do Técnico, sugere Tribolet.
“O Técnico tem muitos professores brilhantes que conseguem, em 45 minutos, explicar as coisas mais complicadas de uma forma simples. O sucesso da iniciativa baseia-se nisso”, explica José Brodinha, professor do Departamento de Engenharia Informática e responsável pelo evento. “Esta é uma iniciativa que tem excedido as expectativas todos os anos”, acrescenta José Tribolet. O número de participantes triplicou desde a primeira edição que se realizou em 2017. Esta escola de inverno é um exemplo “da melhor forma de transferência de tecnologia do conhecimento da universidade para o tecido social que é feita através das relações das pessoas que se conhecem” acrescenta José Tribolet. Num programa que funciona como um exemplo “do Técnico como agente ativo do tecido social português e económico, e não como uma torre de marfim”, sublinha Tribolet.
Durantes três dias quadros das empresas como a CP, Comboios de Portugal, Fidelidade Companhia de Seguros, NOS, KPMG e Everis Portugal tiveram oportunidade de assistirem a sessões que lhes permitiram aprofundar os seus conhecimentos em “data science” e engenharia ganhando ferramentas para enfrentar o desafio da transformação digital. O foco do DElix foi aprofundar o ciclo da transformação da informação atualizando os conhecimentos sobre as tecnologias relevantes para “data science”, engenharia e “advanced analytics”. Gestão dos processos de negócio e mineração de processos foram os temas da edição deste ano.
Para fechar em grande os participantes tiveram oportunidade de entrar num desafio que recorreu às metodologias do “Lego Serious Play”. Com a orientação de Bruno Horta Soares, as diferentes equipas sentadas, frente a frente, com um grupo de peças de lego deliciaram-se a construir, como num jogo, as respostas aos diferentes desafios lançados pelo dinamizador da sessão. Contar uma história ou construir uma personagem foram algumas das tarefas que os participantes tiveram que executar, em momentos, em que a diversão tomou conta da sala. Até porque “conseguimos aprender mais sobre uma pessoa numa hora a jogar do que numa conversa de uma vida”, sublinhou Bruno Horta Soares.