Campus e Comunidade

Estudantes do ensino secundário exploraram engenharia biomédica na primeira edição do Biomed Summer Camp

Evento organizado pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia Biomédica incluiu demonstrações práticas de imagiologia médica e modelação e impressão 3D, entre outras atividades.

Os participantes nesta atividade acumulam-se em torno do equipamento, rodeados por estudantes da Licenciatura em Engenharia Biomédica do Instituto Superior Técnico. Este gabinete da Torre Sul do campus Alameda está a servir de palco à demonstração prática de um equipamento de imagiologia por ressonância magnética. Algumas portas ao lado, outro grupo de estudantes do ensino secundário prepara-se para assistir à realização de um eletroencefalograma, aprendendo sobre este método de análise da atividade elétrica cerebral.

São os primeiros de muitos eventos no calendário do Biomed Summer Camp, iniciativa organizada pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia Biomédica (NEBM) que decorreu de 15 a 18 de julho, com o objetivo de envolver duas dezenas de estudantes do ensino secundário em experiências práticas desta área.

“Tentámos fazer um apanhado de várias áreas da Engenharia Biomédica”, explica Marta Vasconcelos, aluna do 3.º ano desta licenciatura e coordenadora da Secção de Relações Externas do NEBM. Para esse fim, a agenda contou com três dias temáticos – o primeiro dedicado à imagem médica, o segundo à biologia computacional e o terceiro à epigenética (esta última com direito à análise de cromossomas em células, em ambiente laboratorial).

A par das atividades que exploraram esses três ramos, os estudantes de ensino secundário foram também desafiados a explorar um tópico à sua escolha, elaborando um póster científico com as suas descobertas a apresentar no final da semana. No início da semana, para ‘abrir o apetite’, os participantes visitaram também alguns dos laboratórios do Instituto de Telecomunicações (IT), centro de investigação associado ao Técnico.

Vicente quer ingressar na Licenciatura em Engenharia Biomédica do Técnico, tendo já escolhido este curso como primeira opção e aguardando os resultados de colocação. “Foi de certeza a escolha certa”, garante o aluno que agora termina o 12.º ano de escolaridade. Já tinha tomado esta decisão antes de participar no Biomed Summer Camp, mas participar na iniciativa serviu para confirmar as suas expectativas quanto ao Técnico – “é um lugar de excelência em Portugal; sempre procurei entrar nas melhores universidades”.

O póster do seu grupo incidiu sobre Brain Machine Interfaces, tópico que só ficou a conhecer nesta semana. “Não sabia que se implantava chips na cabeça para que um braço começasse a mexer”, confessa, entusiasmado. A surpresa viria a tornar-se ainda maior – a sua equipa viria a vencer a competição de pósteres organizada entre os quatro grupos.

Ao nunca ter ouvido falar de engenharia biomédica, esta “foi uma ótima semana para explorar uma nova área” para Beatriz, estudante que terminou o décimo ano. “Mais do que conhecer o curso que aqui apresentam, deu para conhecer pessoas novas e que já viveram outras realidades, o que acho muito interessante”, partilhou. Enquanto falava, serpenteava distraidamente entre os seus dedos um pequeno bloco azul semelhante a uma peça de Lego, que modulara e imprimira em 3D numa das atividades do dia anterior. A recomendação da atividade é dada sem hesitação – “para os que conhecem [a área], é bom para aprofundarem e confirmarem que, de facto, estão a ir no caminho certo”. Mas não só: “para os que não conhecem, é bom para explorarem e terem mais uma opção de escolha”.

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