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Estudantes do Técnico premiadas na estreia do Prémio de Mérito Brisa em Tecnologias Verdes e Estratégias de Decisão

Pela primeira vez um prémio da Rede de Parceiros do Técnico reconheceu as áreas de Engenharia Química e Bioengenharia.

A sala de Reuniões do Pavilhão Central do campus Alameda do Instituto Superior Técnico encheu-se a 6 de junho para a primeira cerimónia de entrega do Prémio de Mérito Brisa em Tecnologias Verdes e Estratégias de Decisão. O galardão visa distinguir o melhor projeto da unidade curricular (UC) de Tecnologias Verdes e Estratégias de Decisão, partilhada pelos Departamentos de Bioengenharia (DBE) e Engenharia Química (DEQ) do Técnico. 

O projeto “Green Pavement”, desenvolvido pelas estudantes do mestrado em Engenharia Química, Ana Borrego, Priscila Rocha e Sofia Pereira, foi o grande vencedor desta 1.ª edição. “Foi um processo muito estimulante que mostrou o impacto que podemos ter para lá da engenharia”, sublinharam as estudantes, após receberem o prémio no valor de 2600 euros. 

O projeto propõe uma solução sustentável para autoestradas, substituindo parcialmente o betume por cera de resíduos plásticos e materiais de mudança de fase, aumentando a durabilidade e reduzindo a pegada de carbono. Inclui ainda o uso de RAP, turbinas eólicas, sinalização em plástico reciclado e tintas ecológicas, promovendo a circularidade e a biodiversidade.

Frederico Ferreira e Nuno Faria, professores do Técnico, encararam a ligação ao meio empresarial como uma oportunidade de desenhar desafios mais ambiciosos e relacionados com os problemas reais que o Grupo Brisa enfrenta, desafiaando os estudantes da UC a realizar um trabalho intensivo durante sete semanas.  Os grupos de estudantes com os projetos Terra, Devine Chemistry e Green Pavement foram os candidatos finalistas ao prémio e apresentaram os seus projetos ao júri composto por Conceição Magalhães e Eugénia Correia, engenheiras do Grupo Brisa, além dos dois professores.

O Presidente do Técnico, Rogério Colaço, reforçou a importância da ligação da indústria à Escola ao afirmar que “se as faculdades não conseguem acompanhar as mudanças na sociedade, estão a falhar”. “O Técnico está a preparar os estudantes para aquilo que está por vir, mesmo sem saber exatamente o que é”, acrescentou. Em relação à Rede de Parceiros do Técnico, Rogério Colaço destacou a sua expansão e a “abrangência de um espetro grande de indústrias”.

O Vice‑Presidente do Técnico para a Interface Empresarial, Inovação e Empreendedorismo, Pedro Amaral, felicitou os estudantes pelo seu desempenho e agradeceu aos docentes e departamentos que o tornaram possível. “Os prémios ajudam os estudantes a envolverem-se e contribuir para o desenvolvimento académico”, acrescentando que “quando temos desafios, reagimos e isso é o que define o Técnico”.

João Portela, Project and Contract Manager na Brisa, elogiou também “o trabalho desenvolvido durante sete semanas” e lembrou que “a inovação vem dos estudantes que ajudam a moldar o futuro da indústria”. 

Além das estudantes que integram o grupo do projeto vencedor, foram ainda entregues diplomas a todos os estudantes que participaram na fase final do prémio.

A empresa atribuiu ainda um donativo de 1735 euros aos departamentos envolvidos na regência da UC. Patrícia Figueiredo, professora do Técnico e Vice-Presidente do Departamento de Bioengenharia, considera‑o “um incentivo real à excelência académica e a uma perspetiva de sustentabilidade”, enquanto Henrique Matos, professor do Técnico e Presidente do Departamento de Engenharia Química destacou “a importância e o incentivo a criar uma rede de networking entre cursos do Técnico”, realçando a importância da colaboração entre departamentos.

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