Campus e Comunidade

Estudantes do Técnico vencem Hackathon da Comissão Europeia

A equipa "Primo Vere", constituída por Sofia Grilo e Nuno Heitor, alunos de Engenharia Biomédica do Técnico e Beatriz Capão, estudante de Ciência Política no ISCSP, foi a vencedora da prova promovida pela Comissão Europeia.

Uma equipa de alunos do Técnico e de uma aluna do ISCSP venceu o Hackathon #SOTEU, promovida pela Representação da Comissão Europeia em Portugal e que tinha como objetivo envolver os cidadãos no debate sobre a União Europeia e o seu futuro.

hackathon decorreu entre os dias 19 e 21 de agosto de 2020 e para participarem os estudantes teriam de responder às questões “Que propostas faria e que temas teria como prioridades se fosse o/a Presidente da Comissão Europeia? Como os comunicava para envolver todos na sua implementação?”.

Como motivação para participarem no hackathon os membros da “Primo Vere” tinham em comum a vontade de “expressar a voz enquanto cidadãos Europeus. Usar esse meio para demonstrar aquilo que ambicionamos para o futuro da Europa, sem receio em mostrar os receios e vontades que temos para o Mundo e em particular, com a Europa. Foi também fulcral perceber que estes receios e anseios são partilhados pelo resto dos cidadãos portugueses”.

Ao nível dos temas definidos como prioridade a equipa identificou cinco grandes desafios. A revitalização da economia apoiada num modelo mais circular, a defesa dos princípios e valores europeus, a defesa da “singularidade institucional perante o ataque à base de Estado de Direito” e, ainda, “o fomento das relações cooperativas com os Estados Membros de modo a evitar outras dissociações perante a concretização do Brexit e partilhar o peso e necessidade de ação com as outras potências mundiais face ao desafio global das alterações climáticas”.

Para responder aos temas apresentados a Primo Vere identificou como grandes oportunidades o facto de a pandemia ter mostrado “evidências relativas à nossa capacidade de alcançar o objetivo de neutralidade carbónica em 2050 como observado com a redução das emissões carbónicas durante o estado de emergência e também passar uma imagem de Europa unida para combater as desigualdades nos acessos à educação e aos cuidados de saúde”. A questão das migrações foi identificada pela equipa como um possível “método de combate ao envelhecimento da população”, bem como um “processo de inclusão social e cultural, com a partilha das diferenças como fator positivo para o desenvolvimento humanitário”. Finalmente, o desenvolvimento tecnológico foi apresentado como “método de diminuir a dependência de economias externas, desenvolvendo energias renováveis mais rentáveis”.

A equipa de estudantes não deixou nada ao acaso tendo escolhido, inclusive, o próprio nome “Primo Vere” por acreditarem “que a Europa pode renascer a partir da exposição da verdade que nos rodeia”.

Discurso da Primo Vere na competição.